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CULTURA

Polêmico em 'O Salário da Morte'

Escritor José Bezerra relembra momentos polêmicos vividos entre ele e Linduarte durante a produção do longa.

Publicado em 31/01/2012 às 6:30

Primeiro longa-metragem de ficção paraibano rodado em 35 milímetros, O Salário da Morte (1972) levantou uma polêmica, à época de sua produção, entre o diretor Linduarte Noronha e o escritor José Bezerra, autor do romance no qual o filme se baseou.

"Na época houve muito desentendimento entre ele (Linduarte), W. J. Solha (colaborador do primeiro roteiro) e eu", lembra José Bezerra. "A nossa proposta de realização era de um filme com qualidade artística, mas voltada para o público da indústria cinematográfica. O filme, porém, foi feito com o pensamento cineclubista, para agradar a crítica".

Lançado em DVD em 2003, O Salário da Morte foi responsável por uma "intriga" que, segundo Bezerra, passou com o tempo.

"Dos anos 1980 para cá, nossa relação melhorou. Tivemos contato na entrevista que fiz para constar nos extras do DVD, há nove anos", conta Bezerra.

Linduarte permanecia irredutível quanto ao longa-metragem: "Mencionei que o final do filme era um 'espanta plateia', que desembocava numa coisa meio nouvelle vague", diz o escritor, que afirma ter arcado com todo o prejuízo de O Salário da Morte. "Linduarte, porém, respondeu: 'Eu fiz o filme para o povo não entender mesmo. Não há espaço para um herói individual nos dias de hoje'".

O Salário da Morte narra a história de uma família oprimida, que aguarda a chegada do personagem Joel para a sua redenção. "Joel era interpretado por Valderedo Paiva, um homem completamente diferente do resto do elenco. Quando ele aparecia na tela o povo pensava: 'agora o bicho vai pegar'. E não pegou", dispara Bezerra.

"Mas Linduarte foi muito competente em Aruanda. Ele é um patrimônio artístico e cultural da Paraíba. Foi um marco digno de elogio e iniciador do cinema novo", conclui José Bezerra. (Tiago Germano)

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Jornal da Paraíba

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