VIDA URBANA
Bíblias ganham versões para todos os gostos
Já existe até modelo para smartphones e tablets. Mês da Bíbilia é celebrado em setembro
Publicado em 16/09/2012 às 8:00
Em tempos atuais, a Bíblia ainda é um dos livros mais vendidos do mundo. E mesmo sendo contraditório, é um livro que reúne o conteúdo de vários outros, estudiosos a consideram uma biblioteca religiosa. Ela é a principal fonte de conhecimento da palavra de Deus, para os que nela creem, independente da religião. Para alcançar a evolução dos tempos, foi necessário oferecer no mercado uma diversidade de Bíblias, que atende especificamente a cada tipo de leitor, inclusive no mundo high tech. Já existem até Bíblias e conteúdos religiosos disponibilizados em smartphones.
Essa diversidade de modelos, tamanhos e cores é uma tentativa de seus idealizadores de poder transmitir os textos bíblicos em uma linguagem contemporânea. É o que explica o mestre em Teologia Sinval Gonçalves.
Segundo ele, existe uma certa preocupação em facilitar para o leitor o sentido das Sagradas Escrituras para uma melhor compreensão do texto. “É preciso revisar e renovar a tradução principalmente para os leitores que requerem mais cuidado e criatividade, a exemplo das crianças”, ressaltou e completou que, por outro lado, há um egoísmo por parte daqueles que detêm o mercado dos artigos bíblicos. “Infelizmente, existe um empacotamento mercadológico, que visa tirar vantagens da chamada 'Indústria Religiosa', objetivando, assim, seus próprios interesses”, pontuou.
Sinval Gonçalves disse que existem centenas de novas versões e traduções independentes desde a década de 90, mas que o que muda entre elas é a estética externa. “Praticamente, muda o estereótipo, que se torna mais atrativo ao consumidor e também algumas palavras que mesmo carregando uma linguagem de fácil comunicação, corre o risco de fugir do sentido real da mesma, como conter a palavra caridade, em vez de amor, onde seus significados são completamente distintos”, avaliou.
Para o teólogo, a customização da Bíblia não é algo ruim, no entanto despertou para a má-fé de alguns. “O perigo é que muitos estão usando deste instrumento para blasfemar e conspirar contra tudo que se chama Deus. Uma dessas práticas de customizar é mover o nome de Deus para seu próprio nome, buscando ridicularizar as Escrituras Sagradas”, disse.
Com o advento das novas tecnologias, hoje contamos com subsídios que facilitam a leitura da Bíblia, a exemplo dos aplicativos para smartphones e tablets. Segundo Sival Gonçalves, esse é outro aspecto que também necessita de cuidados. “São recursos indispensáveis para esta nova geração informatizada que vivemos. É uma ferramenta bastante acessível, porém é preciso muita atenção para não sermos enganados com pseudoescritos que aparentam ser o evangelho de Jesus Cristo e não os são. Portanto, recomendo fontes seguras para baixar a Bíblia nos respectivos aparelhos”, concluiu.
Alguns livros existentes na Bíblia Católica estão ocultos nas Bíblias Protestantes ou Evangélicas por não serem conhecidos como de inspiração divina, tanto pela comunidade judaica, como pela cristã protestante. São eles: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque 1 e 2, Macabeu, Cântico dos três Santos Filhos, História de Suzana, Bel e o Dragão, 3º e 4º Esdras e A Oração de Manasses. Por causa desses livros chamados apócrifos (ocultos), há uma diferença entre as Bíblias das religiões. No contexto católico, a Bíblia possui 73 livros, sendo 46 deles no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Já na protestante são 66 livros, onde 39 estão no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.
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