VIDA URBANA
Pesquisadora da UFCG desenvolve 'novo leite'
“Numa escala de satisfação entre 5 e 9, nós atingimos a média 7 que é considerada excelente”, garantiu Niédja.
Publicado em 15/04/2012 às 8:00
A mesa do café da manhã dos paraibanos pode se tornar ainda mais nutritiva. Além dos alimentos já tradicionais que compõem a primeira refeição do dia, um projeto desenvolvido por uma pesquisadora de Campina Grande apresenta um alimento considerado diferente e que oferece condições nutricionais para abastecer o corpo humano com proteínas, sais minerais, vitaminas, carboidratos e gordura.
Que o leite de cabra, soja e principalmente o de vaca são comuns nas refeições e oferecem suprimentos essenciais para se ter uma vida saudável, isso não é novidade. Mas a aposta de Niédja Marizze Alves, doutora em Engenharia Agrícola na Universidade Federal de Campina Grande na área de armazenamento e processamento de produtos agrícolas, é o leite de amendoim.
Durante três anos pesquisando uma melhor forma de extração e formulação de uma bebida rica em proteína vegetal e de boa qualidade, a pesquisadora da UFCG constatou que o amendoim, alimento bastante cultivado pela agricultura familiar da Paraíba, pode ser transformado em um extrato aquoso semelhante ao leite que previne doenças cardiovasculares, diminui o colesterol, equilibra o metabolismo devido à presença de componentes bioativos, além de ter um elevado grau de satisfação dos consumidores.
“Devido à alta quantidade e concentração de proteínas, vitaminas lipossolúveis, lipídios e minerais, o amendoim, assim como já foi produzido com a soja, é uma fonte de alternativa para a produção desse extrato. O desenvolvimento da bebida, que tem características muito parecidas com o leite, como textura, cor, aroma, intenção de compostos e sabor, apresenta-se como uma alternativa para melhorar a alimentação das pessoas. Principalmente pelo fato da matéria prima ser de baixo custo”, explicou a professora, acrescentando que o leite de amendoim ainda pode receber uma complementação de nutrientes.
“A pesquisa tem por objetivo desenvolver uma bebida à base de amendoim, enriquecida com frutas da nossa região, como goiaba e umbu, que além de complementar a alimentação das pessoas estimule a produção e geração de emprego através da cultura do amendoim”, destacou a pesquisadora, que garantiu que os primeiros testes foram aceitos pelos consumidores.
“Numa escala de satisfação entre 5 e 9, nós atingimos a média 7 que é considerada excelente”, garantiu Niédja.
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