VIDA URBANA
Funcionários protestam contra ilegalidade da greve
Ato público foi realizado em frente a Reitoria, no campus da UEPB; docentes irão se reunir em assembleia nesta terça-feira (30).
Publicado em 30/04/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:59
Professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) realizaram um ato público na manhã de ontem, em frente a Reitoria, no campus de Bodocongó, em protesto contra a decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que considerou a paralisação ilegal.
A categoria docente vai se reunir em assembleia, hoje pela manhã, para tratar sobre o encaminhamento do movimento grevista, já que ela terá que voltar ao trabalho nesta terça-feira, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, conforme decisão da Justiça.
Já os servidores técnico-administrativos aceitaram uma das propostas da Reitoria - que estabelece o Auxílio Alimentação escalonado em três anos, chegando a R$ 370 em janeiro de 2015 – e comunicaram, através de documento entregue a Chefia de Gabinete da Reitoria, que a categoria volta ao trabalho normal hoje.
Durante o ato público, o chefe de gabinete da Reitoria, José Benjamim, convocou os professores para uma reunião. No entanto, os professores reivindicavam ser recebidos apenas pelo reitor Rangel Junior. A greve já passa de 60 dias, deixando 22 mil alunos sem aulas durante o período letivo 2013.1. Rangel Junior informou que a UEPB já está pronta para dar início às aulas a partir de hoje. O comando de greve, que reúne 40 professores dos oito campi da UEPB, informou que a previsão é que a categoria suspenda a greve hoje e volte às salas de aulas até sair o resultado do recurso contra a decisão do TJPB.
O presidente da Associação dos Docentes da universidade (Adue-PB), José Cristóvão de Andrade, convoca a categoria para se reunir hoje, às 9h, na Central de Integração Acadêmica, no campus de Bodocongó, para discutir as medidas que serão adotadas.
Segundo o professor Juscelino Pereira, que faz parte do comando de greve, a categoria luta por melhoria salarial desde 2011 e reivindicou, inicialmente, um reajuste de 17,7%, referente às perdas salariais dos últimos três anos. “Já apresentamos uma contraproposta de 5,83% e solicitamos uma audiência com o reitor para discutir sobre o reajuste”, informou. Juscelino Pereira informou que a categoria também entrou com ações na Justiça contra a precarização do trabalho e cumprimento da data-base, que é 1º de janeiro.
O reitor da UEPB, Rangel Junior, aguarda o efetivo retorno das atividades a partir de hoje para que seja elaborado o novo calendário acadêmico. Ele voltou a reforçar que a administração central não tem como conceder um reajuste à categoria porque a execução prevista no orçamento deste ano (R$ 231 milhões) é menor que a do ano passado (R$ 309 milhões). Do orçamento para 2013, a folha de pessoal compromete R$ 201 milhões.
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