POLÍTICA
Ricardo questiona competência do TCE para barrar MP da Guarda Militar
Decisão cautelar entende que haverá prejuízo à segurança com proposta do governo.
Publicado em 22/08/2017 às 14:06
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Apesar da recomendação do TCE, Ricardo se mantém firme no propósito de retirar cerca de 800 homens da Polícia Militar, que fazem a guarda externa dos presídios e unidades de cumprimento de medidas socioeducativas, para devolvê-los às ruas. Em contrapartida, deve ocupar os postos com pessoal da reserva, que serão contratados temporariamente por um ano, prorrogável por mais um ano.
O conselheiro Marcos Antônio Costa, entretanto, entende que os profissionais seriam usados para prestação de serviços de segurança pública e que a MP apresenta “indícios suficientes de vícios”. “O procedimento no mundo jurídico acarretará graves prejuízos tanto jurídico quanto econômico à administração, em decorrência dos atos dela decorrentes, inclusive quanto à execução orçamentária no presente exercício”, observa o relator.
Em suas alegações, o conselheiro Marcos Costa enfatiza também que a matéria tratada na MP não tem características de relevância e urgência a que se submetem os temas para serem tratados por medidas provisórias, além de deixar de ser promovido o debate prévio que requer matéria dessa natureza no âmbito do Poder Legislativo e da sociedade. “Quanto à relevância não se discute, mas é preciso atentar para o fato da evidente não urgência de que trata o dispositivo constitucional”, observou.
Líder da bancada de oposição ao governo na Assembleia Legislativa, onde a matéria tramita, Bruno Cunha Lima (PSDB), comemorou o posicionamento do TCE-PB. Para o tucano, o que o conselheiro fez foi respeitar a lei. “Aquilo que o governador tenta fazer através de Medida Provisória é uma aberração jurídica. Ricardo não pode criar uma força policial paralela à PM, não pode armar homens que diante do estatuto do desarmamento não podem estar armados, criar uma milícia nomeada pelo governo. É uma temeridade”, comentou.
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