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VIDA URBANA

Viadutos e pontes com manutenção precária

Em condições precárias de conservação, viadutos, pontes e passarelas de João Pessoa geram riscos à população.

Publicado em 08/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:52

Pontes, passarelas e viadutos de João Pessoa estão em condições precárias de manutenção, gerando riscos à população que necessita trafegar por estes locais. A identificação desses problemas não é novidade, uma vez que em 2011, o Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia, seccional Paraíba (Sinaecon-PB), realizou vistorias em 50 obras no Estado e apontou essas irregularidades, alertando os poderes públicos para os sérios problemas estruturais que elas apresentavam.

No entanto, as fissuras, rachaduras, infiltrações, ausência de concreto e de equipamentos de segurança, além da exposição de ferros e aços continuam gerando riscos, obrigando moradores a buscar rotas alternativas para não se arriscar.

É o caso da dona de casa Jocélia de Fátima Nascimento, de 46 anos. Ela é moradora da comunidade do Baralho, na Ilha do Bispo, e diariamente precisa atravessar uma passarela sobre o rio Sanhauá para levar a neta à creche, mas o trajeto é feito sempre a pé e com a criança em seu colo. “Essa pequena ponte é bastante antiga e ninguém se arrisca mais a passar de carro, porque ela treme, dá a sensação de que vai cair. Por isso apenas motos e pessoas a pé caminham por ela e ainda assim temos muito medo de deixar as crianças sozinhas”, disse.

O comerciário Roberto Meireles caminha semanalmente pela passarela, para fechar negócios com os comerciantes da comunidade do Baralho, no entanto deixa o carro ao lado da linha do trem e revela que muitas crianças se jogam da frágil estrutura de metal para o rio.

“Essa comunidade está isolada graças a essa passarela, porque ônibus não passa, nem mesmo o caminhão do lixo, o que gera problemas de saúde entre os moradores. Apesar disso, é comum, em especial aos sábados, vermos crianças, de aproximadamente 10 anos, pulando, se arriscando a ter contato com essas estruturas enferrujadas e adquirir doenças ou mesmo acidentes graves com a quebra delas”, declarou.

VIADUTO ENTRE JP E BAYEUX TEM DIVERSOS PROBLEMAS

Basta um caminhar pelo viaduto que liga os municípios de João Pessoa e Bayeux para se deparar com uma via longa, sem iluminação, cujo parapeito possui falhas graves, com a ausência de muro, o que pode gerar acidentes graves.

Suspenso sobre o rio Sanhauá, o viaduto apresenta rachaduras profundas em sua base, provocadas pela ação do rio e dos moradores do local, que construíram casas apoiadas na base do viaduto.

O pescador Aelson Martins da Silva, de 38 anos, que reside às margens do rio há 14 anos, quase abaixo do viaduto, na comunidade Nova Liberdade, revela que muitos dos problemas físicos enfrentados pelo viaduto são gerados por ações de vândalos, que aproveitam-se da ausência de iluminação para o tráfico de drogas e para derrubar o muro de contenção.

“Essa é a principal ligação entre duas importantes cidades, e está abandonada. Durante todo o tempo que estive aqui, jamais vi ninguém do poder público vistoriar nada por aqui. E a situação está sempre piorando, confesso que tenho medo que esse viaduto caia e para isso basta apenas uma maré mais alta”, afirmou o pescador Aelson Martins da Silva.

SEM PROJETO

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de João Pessoa (Seplan) para saber sobre a existência de projetos para as passarela na comunidade do Baralho, bem como no viaduto entre João Pessoa e Bayeux, mas foi informada que não há nenhum plano para manutenção dos locais.

O QUE DIZEM SEMOB E DER

Através da assessoria de imprensa, a Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob) informou que não possui nenhum projeto para restauração ou recuperação do viaduto.

Já o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Carlos Pereira, declarou que os problemas de infraestrutura da ponte que liga João Pessoa a Bayeux serão solucionados até o final deste ano. Ele disse que uma equipe de engenheiros já foi ao local e fez uma inspeção na área. “Constatamos realmente que o guarda-corpo foi quebrado em alguns trechos da ponte. Essa proteção já foi consertada três vezes, mas sempre é destruída pela própria população, que pratica a pesca no rio que passa sob a ponte”, explicou.

“Mas, faremos o conserto pela quarta vez. Desta vez, o trabalho será mais reforçado, para dificultar a destruição”, garantiu.

Pereira ainda reconheceu que a estrutura de ferro está exposta em alguns pontos da ponte. No entanto, ele assegurou que a situação não representa risco à segurança das pessoas. “Os ferros expostos são apenas superficiais e não comprometem a estrutura. Só precisam que a gente coloque uma camada de concreto por cima deles. É o que faremos. Eu próprio examinei as colunas e os pilares e todos estão firmes”, afirmou. (Colaborou Nathielle Ferreira)

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Jornal da Paraíba

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