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COTIDIANO

Cratera como a da Guatemala também ocorre no Brasil

Para especialistas, rochas calcárias foram dissolvidas pela água. Já professor acredita que estrutura construída pelo homem cedeu.

Publicado em 03/06/2010 às 15:00

Do G1

Crateras semelhantes àquela que surgiu na Guatelama também são encontradas no Brasil. Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que fenômenos similares já ocorreram no Paraná, em São Paulo, em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul.

O professor de geologia e diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Renato Lima, explicou que esse tipo de depressão recebe o nome técnico de dolina e ocorre em solos onde há rochas calcárias. “Essas rochas são dissolvidas pela passagem da água ao longo de milhares de anos. Às vezes, uma grande caverna desaba na profundidade e, na superfície, surge uma cratera. Geralmente, são bastante circulares”, disse.

Segundo o professor, o surgimento desse tipo de cratera é lento. “É mais comum que aconteça devagar, mas o solo pode entrar em colapso e desabar de repente”.

Professor do curso de geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Carlos Humberto afirma que a intervenção do homem acelera o desabamento. “Em todo lugar onde há rochas calcárias é possível acontecer esse tipo de cratera, mas é um processo lento e natural. No entanto, o homem pode acelerar o processo com intervenções no solo e antecipar o desabamento.”

Casos no Brasil

Lima ressalta que buracos desse tipo são comuns ao Norte da Região Metropolitana de Curitiba, em municípios como Almirante Tamandaré, Cerro Azul, Rio Branco do Sul e Adrianópolis. “Um buraco com cerca de cem metros de largura e 35 de profundidade surgiu em Almirante Tamandaré (PR), há cerca de dois anos”, afirmou Lima.

O professor Carlos Humberto lembra de crateras semelhantes nos municípios de Nobres, em Mato Grosso; de Bonito, em Mato Grosso do Sul; e de Cajamar, no interior de São Paulo. “Em Cajamar, por exemplo, foi retirada a água de uma caverna subterrânea. O solo ficou instável e o teto dessa caverna desabou em 1986, o que abriu um buraco enorme. É um caso em que o homem acelerou o processo.”

Segundo os especialistas, é possível prever o surgimento de fenômenos desse tipo. “É necessário fazer um estudo específico de risco geológico nas áreas onde há rochas que podem sofrer esse processo”, afirmou Lima.

Segundo Humberto, nem sempre é possível evitar, já que é algo natural. “Quando se conhece o solo, dá para minimizar os danos e evitar que esse desabamento seja acelerado”, diz.

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Jornal da Paraíba

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