VIDA URBANA
Polícia fecha empresa suspeita de fraudar contratos de TV a cabo, telefonia e internet
Suspeitos presos fechavam contratos utilizando nomes de pessoas que não tinham solicitado os serviços.
Publicado em 30/06/2016 às 15:58
Três pessoas foram presas pela Polícia Civil da Paraíba por suspeita de serem proprietárias de uma empresa que intermediava e fraudava a contratação de serviços de telefonia, internet e TV a cabo. A empresa estava em atividade no Centro de João Pessoa desde 2013.
Segundo a polícia, Amanda de Sousa Alves da Silva, de 25 anos, Renato Ferreira Alves da Silva, de 26 anos, e João Bruno Farias Soares, de 32 anos, negociavam pacotes de internet, telefonia e TV a cabo a clientes com restrições no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e na Serasa Experian propondo que eles utilizassem nomes de outras pessoas. Esses nomes estavam disponíveis em um site acessado pela empresa. Assim, a negociação era concluída em nome de uma terceira pessoa, sem o conhecimento ou autorização dela.
Após a fraude, os serviços eram instalados na residência do cliente contratante e a empresa dos suspeitos era beneficiada, cumprindo suas metas de contratações estabelecidas pela empresa de telefonia e, consequentemente, recebendo seus pagamentos e comissões regularmente.
As investigações da polícia apontam ainda que os suspeitos colocavam nos contratos telefones de contato próprios da empresa, determinando aos seus funcionários, cerca de quatro vendedores, que atendessem todas as ligações se identificando em nome do cliente constante na contratação, confirmando a contratação do serviço e todos os dados pessoais utilizados nas contratações fraudulentas.
Empresa utilizava site com cadastro de 200 milhões de pessoas
A polícia descobriu ainda o site utilizado para fraudar o contrato. A página possui o cadastro de 200 milhões de pessoas, com nome, endereço, CPF e informações profissionais, que eram utilizadas na realização das contratações fraudulentas. Conforme a Polícia Civil, estima-se que milhares de contratos tenham sido realizados pela empresa, utilizando-se de cadastros constantes no site, durante os três anos de atividade.
As prisões foram realizadas após investigação de diversas ocorrências registradas por vítimas surpreendidas ao descobrirem que estavam com restrições no comércio, em virtude de contratações de serviços de telefonia e que não reconheciam ter feito. Durante a prisão foram apreendidos computadores e outros equipamentos eletrônicos que confirmam todo o teor da conduta criminosa.
Os suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa e vão permanecer na Central de Polícia, no bairro do Geisel, em João Pessoa. A polícia agora busca descobrir se há mais pessoas envolvidas ou beneficiadas com os crimes.
Comentários