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VIDA URBANA

Casamento entre primos causa alto índice de doenças genéticas na PB

Segundo pesquisadora da UEPB, síndrome de Spoan paralisa membros inferiores e afeta a visão. Doença é causada por casamento entre parentes, prática comum no Sertão da Paraíba.

Publicado em 22/11/2010 às 15:30

Karoline Zilah
Com informações da Folha de S. Paulo

O jornal Folha de S. Paulo publicou no domingo (21) uma reportagem especial produzida na Paraíba sobre a incidência de doenças genéticas no Sertão causadas pelo casamento consanguíneo, entre pessoas com grau de parentesco próximo. A matéria destaca a pesquisa da bióloga paulistana Silvana Santos, atualmente professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que detectou o alto índice de casos da síndrome Spoan entre a famílias da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Os casamentos consanguíneos passam dos 40% em algumas cidades paraibanas. A situação é mais grave no sertão, onde muitas doenças ainda não são reconhecidas como de origem genética.

De acordo com a pesquisadora, a doença paralisa os membros inferiores e afeta a visão. A doença seria causada pela união entre primos, o que é comum no interior paraibano. Silvana Santos iniciou suas pesquisas sobre o assunto em 1999 e, desde então, constatou que outras doenças genéticas são causadas no Sertão pelo casamento entre parentes.

A origem da pesquisa aconteceu em Serrinha dos Pintos, cidade do Rio Grande do Norte, onde a professora constatou que 32% dos casamentos envolvem primos de primeiro e segundo grau. "As famílias conhecem a sua árvore genealógica, mas a maioria não aceita que as doenças genéticas são causadas pelos casamentos com pessoas do mesmo sangue", afirma. Porém, devido à proximidade do município à divisa com a Paraíba, Silvana estendeu as análises até a Paraíba.

O Núcleo de Estudos em Genética e Educação (Nege), formado por professores e pesquisadores de mestrado e doutorado e alunos de Biologia da UEPB, monitorou 40 cidades paraibanas e detectou com o número de casos. Veja abaixo as cinco cidades que apresentaram maior incidência (Bernardino Batista, Carrapateira, Mato Grosso, Lagoa e Santo Antônio, respectivamente):

Fonte: UEPB / Arte: Reprodução/Folha de S. Paulo

Em entrevista ao Paraíba1, a pesquisadora adiantou que em janeiro o núcleo fará uma ação em 10 municípios do Sertão paraibano na divisa com o Rio Grande do Norte, de Poço Dantas a Jericó, para visitar todos os pacientes com alguma deficiência, seja motora, surdez ou retardo mental.

O grupo irá verificar se há alguma incidência destes problemas na família dos pacientes para investigar se existem doenças genéticas não conhecidas no Sertão, como foi descoberto no Rio Grande do Norte.

Imagem

Jornal da Paraíba

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