POLÍTICA
Ricardo Marcelo fala sobre votação de MPs e diz que AL não se curva
Presidente da AL disse que não vai aceitar retaliação e nem perseguição contra os deputados .
Publicado em 18/04/2012 às 11:33
O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Marcelo (PSDB), falou nesta quarta-feira (18) sobre a votação das Medidas Provisórias ocorrida na terça-feira (17). Em tom desabafo, ele disse que o poder legislativo é independente e não pode ser questionada pela decisão tomada na votação. Marcelo também disse que não vai aceitar retaliação, nem perseguição contra a Assembleia.
Na sessão de terça os deputados estaduais derrubaram a MP 184 que determinava uma reserva de 20% dos cargos comissionados da administração direta do governo para servidores efetivos. E também aprovaram a MP 185 estabelece um reajuste salarial para os servidores do estado e define uma data-base para isso, no entanto foi acrescentada uma emenda suprimindo o artigo que revogava a Lei do Subsídio dos servidores do Fisco. Ricardo Marcelo não participou da votação.
“Aqui ninguém se curva a ninguém, o poder é independente e harmônico. Eu quero viver pacificamente com todos os poderes, isso eu tenho propagado e feito ao longo de nossa gestão”, disse Ricardo Marcelo na sessão desta quarta-feira na Assembleia. Ele destacou que fez o possível para evitar o confronto no plenário, mas não teve êxito. “Não tenho medo de perseguição e nem de retaliação”, completou.
Ricardo Marcelo afirmou que é presidente até 2015 e até lá vai administrar o poder legislativo pregando que ele seja sempre respeitado. “Eu espero que todos os deputados entendam que essa é a defesa do nosso poder. Aqui não estamos perseguindo ninguém, não estamos desrespeitando ninguém. Agora, o nosso direito tem que ser respeitado”, enfatizou o presidente.
Após a votação de terça, o governador Ricardo Coutinho (PSB) criticou a atuação da Assembleia. Ele disse pode ou não concordar com as decisões do legislativo e considerou um equívoco a votação da MP 184. Ricardo também disse que vai vetar a emenda que suprime a revogação do Subsídio do Fisco e prometeu entrar na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.
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