VIDA URBANA
Saúde confirma 7 casos de H1N1 e 4 estão sob investigação
Segundo a Secretaria, os registros foram em João Pessoa, Campina Grande e Soledade. Uma das pacientes com o vírus está internada desde o início do mês.
Publicado em 30/03/2016 às 8:20
Além das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, mais uma doença tem se manifestado atipicamente na Paraíba e colocado em alerta as autoridades de saúde: a gripe H1N1. Desde o início do ano, 11 casos suspeitos de Influenza foram notificados à Secretaria Estadual de Saúde (SES), conforme a Gerência de Vigilância Epidemiológica. Dentre as suspeitas, sete casos de infecção por H1N1 foram confirmados, sendo cinco em João Pessoa, e outros dois relativos a duas mulheres, uma de Campina Grande e outra de Soledade, no Agreste. Outros quatro casos estão em investigação.
Uma das jovens com infecção pelo H1N1 confirmada possui 25 anos e está internada desde o início do mês no Hospital Antônio Targino, em Campina Grande, com uma síndrome respiratória aguda. O estado de saúde da paciente ainda é grave, ela segue internada no isolamento e sem perspectiva de alta médica, segundo o diretor da unidade, José Targino. Já a outra paciente confirmada, de Soledade, foi atendida na Clínica Santa Clara, também em Campina Grande, e já teve alta médica, conforme a Secretaria de Saúde da cidade.
A gerente da 3ª Regional de Saúde, Tatiana Medeiros, relatou que a coleta de saliva das pacientes internadas em Campina para exame aconteceu há 20 dias, mas a confirmação só chegou ontem. “As secreções foram coletadas, enviadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, que é a referência do Ministério da Saúde para análise e pesquisa de vírus. Ontem recebemos a confirmação de dois casos de infecção pelo H1N1”, esclareceu.
De acordo com a gerente, outros dois pacientes com suspeita da gripe em Campina Grande também tiveram material coletado, mas os casos ainda não foram confirmados. Eles estão internados no Hospital de Emergência e Trauma, em estado grave e no isolamento.
Mesmo diante dos casos, Tatiana Medeiros tranquiliza a população em relação ao avanço da doença no Estado. Segundo ela, não há um surto, o que aconteceu foi que o vírus começou a circular mais cedo, quando a expectativa era de que as manifestações ocorressem no período chuvoso e mais frio, entre junho e agosto.
“A situação está sob controle, não podemos caracterizar surto, mas de fato o vírus começou a se manifestar mais cedo. Não é novidade que a influenza H1N1 circula no país, e agora é necessário que as pessoas tomem as medidas necessárias para se proteger. Lavar as mãos com frequência e tomar a vacina são duas medidas importantes”, disse a gerente. Sobre a probabilidade de contaminação de algum familiar dos pacientes infectados, ela disse que nenhum apresentou sintomas. (Colaborou Katiana Ramos)
VACINAÇÃO
Conforme o Ministério da Saúde, o período de vacinação contra a influenza começa em 30 de abril e segue até 20 de maio. Nas três primeiras remessas (1º a 15 de abril), os estados receberão 25,6 milhões de doses, que corresponde a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano. Somente o Nordeste receberá 6 milhões de doses. A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias para a vacinação da população-alvo, mas devem deixar a reserva adequada do produto para a campanha nacional.
SINTOMAS
Semelhantes aos da gripe comum, os sintomas da gripe H1N1 são: febre alta e tosse, dor de cabeça e no corpo, garganta inflamada, falta de ar, cansaço, diarréia e vômitos. Como qualquer gripe, pode evoluir para sinusite ou até para um quadro pulmonar
ORIENTAÇÕES
Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas); restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação; evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados; adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
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