Avanço de tecnologia é tema de debate em João Pessoa

Houve uma época em que as páginas de um site da Internet só tinham textos. Uma imagem de 100 kbytes demorava cerca de 14 segundos para aparecer no monitor onde se visualizava uma Internet compartilhada por conexão discada (dial-up) de 56 kbps. Foi assim quando a os primeiros sites comerciais no Brasil, em 1995, passaram a acrescentar conteúdo em português na rede mundial de computadores. Agora, além das tecnologias de banda larga, as linguagens de internet atingiram uma evolução que transformou o antigo cenário “cafona” em designs dinâmicos que se adaptam na grande tela do computador ou nos visores dos smartphones.

“Nunca estivemos tão abastecidos de recursos. Precisamos ter consciência do que existe disponível, nos especializando no que gostamos. A Web nasceu para compartilhar conhecimento, ela amadureceu, mas não perdeu a sua essência”, destaca Hélio Correia, engenheiro de software na Globo.com.

“As grandes empresas do mercado se uniram na evolução dos padrões e ferramentas de desenvolvimento para diversos dispositivos. Profissionais desenvolvem metodologias, compartilham seu conhecimento em palestras, blogs, redes sociais, cursos, workshops, guias e tutoriais online. A maior parte de tudo isso é de graça, aberto para quem quiser consumir, assim como todas as tecnologias de Internet desenvolvidas ao longo dos anos”, analisa Hélio Correia, responsável pelas soluções frontend, aquelas que os usuários possuem acesso e, também, pelo backend, que está disponível apenas na estrutura interna da Globo.com.

Hélio Correia integra a equipe responsável pelo Gshow, atuando em ações para enriquecer a experiência no consumo e interação com os produtos de entretenimento da empresa. Ano passado, ele trabalhou na evolução dos ambientes para dispositivos móveis e perfis de usuários logados. No dia 28 de maio, ele estará em João Pessoa, no Centro de Convenções, participando da Expotec, feira de tecnologias da informação e comunicação.

Na Expotec ele vai falar sobre o uso de imagens vetorizadas no formato SVG, uma solução para manter a qualidade da imagem independente do tamanho de saída.

Novos recursos para uso de imagens na WEB

O engenheiro de software da Globo.com Hélio Correia alerta que o formato SVG não pode ser tido como bala de prata. “Existem vários formatos para representar uma imagem, e um tipo de uso para cada um deles. As características dos diversos tipos de arquivos são complementares, e podem conviver num mesmo projeto ou documento”, afirma.

Correia explica que as imagens bitmap (PNG, JPG, GIF) são constituídas por inúmeros quadrados bem pequenos, chamados pixels. A percepção desses pontos se torna evidente conforme a imagem é ampliada, o que dá a sensação de ausência de qualidade. Já os formatos vetoriais, com o SVG, não são baseados em pixel, mas em fórmulas matemáticas. "O SVG pode ser utilizado para representar uma ilustração em inúmeras dimensões, desde um cartão de visitas a um outdoor, sem perda de qualidade”, conclui Correia.

Expotec

É realizada pela Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), com o apoio de parceiros. Vai reunir no Centro de Convenções em João Pessoa, na Paraíba, atividades da área de tecnologia: web, desenvolvimento, games, robótica e software livre; e debates com foco na democratização do conhecimento: inclusão digital, mídias alternativas e encontro de blogueiros.

Serão quatro dias com mais de 150 palestras em todas as áreas, debates, exposição, competições, maratonas de desenvolvimento, encontros de blogueiros, webradios, ativistas digitais, oficinas e cursos de capacitação.