VIDA URBANA
MP apura denúncia de maus-tratos contra deficiente
Segundo denúncia recebida pelo órgão, deficiente mental de 24 anos estaria sendo mantido no quintal de casa.
Publicado em 25/11/2011 às 8:00
O Ministério Público (MP) está investigando uma denúncia de que um deficiente mental, de 24 anos, estaria sendo mantido no quintal de casa, no bairro de Santa Cruz, em Campina Grande.
A denúncia anônima feita a partir do Disque 100, foi encaminhada para a Gerência de Políticas à Pessoa com Deficiência da Secretaria de Ação Social do município, que encaminhou o caso para a Promotoria do Cidadão.
De acordo com o relato, o jovem seria criado no quintal, sem acesso a nenhum tratamento de saúde, sem acompanhamento profissional adequado e completamente afastado do convívio social. A acusada pelos maus-tratos, seria a madrasta, identificada apenas como Maria José.
Segundo o gerente de Políticas à Pessoa com Deficiência, Rodrigo Leite, uma equipe da secretaria esteve no local para averiguar a situação. “Só conseguimos entrar na casa com o auxílio de autoridades policiais, encontramos o jovem exposto a uma situação desumana, segundo as informações, ele seria criado no quintal, junto com o cachorro e alimentado apenas uma vez por dia”, contou.
“Não conseguimos fazer o flagrante porque enquanto a polícia se dirigia ao local, a mulher teve tempo de retirá-lo do quintal. Mas, temos fotos e vídeos que provam a situação em que o rapaz vivia”, afirmou Rodrigo.
O jovem, que não teve o nome revelado pela madrasta, estaria vivendo nestas condições há seis anos, desde a morte do seu pai. “O denunciante afirma que ela usurpa a aposentadoria dele em benefício próprio, privando-o de qualquer cuidado mínimo”, disse o gerente. Maria José negou as acusações e afirmou que o enteado é muito bem tratado. “Isto é despeito do povo, esta situação não existe”.
O promotor do Cidadão, Alcides Leite Amorim, informou que realizará na próxima segunda-feira, às 11h30, no MP, uma audiência para ouvir Maria José sobre as acusações.
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