VIDA URBANA
Laudo vai determinar se homem morreu por KPC
Paciente estava internado na UTI da unidade desde o dia 17 de janeiro com traumatismo craniano.
Publicado em 30/03/2012 às 6:30
A bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) voltou a assustar os pacientes do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande depois que a direção da unidade confirmou na manhã de ontem a morte de um homem de 26 anos que foi acometido pela doença. O paciente deu entrada no hospital no dia 17 de janeiro deste ano depois que sofreu uma queda e teve traumatismo craniano. Durante a permanência na UTI do Hospital de Trauma, ele contraiu a KPC e acabou morrendo na última quarta-feira.
Após o óbito, o corpo do jovem foi encaminhado para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) e só após a conclusão do laudo é que será esclarecido se a morte do paciente foi causada pela KPC ou pelo traumatismo craniano. “Ele estava em tratamento de um traumatismo craniano grave e desde que detectamos a bactéria ele recebeu todos os cuidados necessários, portanto acreditamos que a morte foi decorrente do traumatismo craniano”, explicou o diretor técnico do Trauma, Flaubert Cruz.
Segundo informações de familiares do paciente, o jovem sofria de epilepsia e sofreu o traumatismo craniano depois que sofreu uma queda. Ele permaneceu na UTI do Trauma até o dia 8 de março e depois foi transferido para uma enfermaria isolada, procedimento adotado nos casos de detecção da KPC.
Flaubert Cruz esclareceu que o paciente estava sendo medicado com os antibióticos polimixina e amicacina e teria apresentado um quadro de infecção urinária. “Como o problema de traumatismo craniano era grave, talvez o organismo dele não tenha conseguido reagir”, disse Flaubert. Ele acrescentou que a superbactéria é de origem hospitalar e é resistente a grande parte dos antibióticos. Por ser muito agressiva, leva os pacientes a óbito em cerca de 20% dos casos. A Secretaria de Saúde do Estado informou através de sua assessoria de imprensa que só poderá confirmar o caso de KPC quando receber o laudo oficial do laboratório.
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