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ECONOMIA

Itens de Carnaval mais caros

Produtos e serviços típicos do período estão mais inflacionados. Bebidas como refrigerantes e cervejas subiram acima de 10%.

Publicado em 15/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 22/02/2024 às 11:35

Os produtos e serviços típicos no Carnaval estão 7,42% mais caros este ano do que na festa do ano passado – quase no mesmo nível da inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (IPC-FGV), que acumulou 7,66% de fevereiro de 2014 a janeiro deste ano.

A carestia de Carnaval está mais alta, porém, em relação aos 7,14% acumulados no mesmo período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que serve de parâmetro para a inflação oficial, divulgado no último dia 6.

O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), explicou que as despesas relacionadas a produtos e serviços de Carnaval ficaram abaixo do IPC-FGV porque, em janeiro, os preços de alguns itens que não têm nada a ver com a festa subiram pontualmente. É o caso das passagens de ônibus urbanos, da mensalidade escolar e da energia elétrica, por exemplo. “Então, tem três impactos aí acelerando a inflação no último mês, que distanciam um pouco a inflação do Carnaval”, afirmou Braz.

Para ele, se não fosse considerado o efeito dos preços administrados, a inflação convencional ficaria em torno de 6,5%, mais baixa que a do Carnaval. Braz ressaltou que a inflação do Carnaval não perde importância por isso: "mostra que os serviços, que são o que há de mais importante nesta época, ainda pressionam a inflação”.

Embora a pesquisa identifique, no segmento de alimentação, a maior alta no café da manhã (14,90%) - que reúne itens variados como pão, manteiga e leite, entre outros, André Braz chama a atenção para o reajuste de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, como cervejas e chopes (10,89%) e refrigerantes (11,62%), além de hotel (11,98%).

“Tudo que o folião usa mais neste período, ou mesmo refeição fora de casa, tanto em bares como restaurantes, subiu bem mais que a inflação média. Estão com alta de 10% e acima disso”, comentou o economista. Ele reforçou que, no caso das bebidas, o maior consumo é incentivado também pelo calor típico da estação de verão, o que contribui para elevar o preço final.

Em sentido inverso, a pesquisa apurou deflação de 4,15% em passagem aérea e de 1,18% em protetores para a pele.

CAIPIRINHA LIDERA INCIDÊNCIA DE TRIBUTO
Uma das mais tradicionais festas brasileiras, o Carnaval poderia ser uma época de maior folia para o brasileiro se não fossem os altos percentuais de tributos embutidos nos produtos típicos desta época.

Entre as bebidas mais consumidas no feriado prolongado, a caipirinha é a campeã, com 76,66% de tributos; seguida pelo chope, 62,20%; pela lata ou garrafa de cerveja, com 55,60%; e pela lata de refrigerante, que tem 46,47% tributos. O estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) aponta ainda que, se optar por consumir o refrigerante em garrafa, o consumidor será tributado em 44,55%. Já a garrafa de água mineral tem 37,88% de tributos.

As roupas e acessórios que não podem faltar na ocasião também têm uma elevada tributação, que chega a 43,93% na máscara de plástico, 42,71% na de lantejoulas, 42,19% no biquíni com lantejoulas, 36,41% na fantasia de tecido e 33,91% na fantasia de arame. O spray em espuma tem 45,94% de encargos tributários; o apito, 34,48%, e o confete ou serpentina, 43,83%.

De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, “a elevada tributação nos produtos típicos do Carnaval se deve ao fato de serem produtos considerados supérfluos pelo legislador”. Além disso, explica Olenike, “a maior parte dos produtos e acessórios passa por um processo de industrialização, sobre o qual incide o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).”

Para quem pretende acompanhar de perto a performance das escolas de samba, a carga tributária será de 36,28% no preço de um pacote que inclui hotel, transporte e ingressos para os desfiles. Mesmo se o contribuinte quiser aproveitar o feriado para viajar e descansar, o Leão não dará folga: 22,32% do preço da passagem aérea e 29,56% do valor da hospedagem em hotéis serão revertidos aos cofres públicos.

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Jornal da Paraíba

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