VIDA URBANA
Paraíba investiga 12 casos de microcefalia ligados ao Zika Vírus
Ministério da Saúde decretou estado de emergência em saúde no país diante do aumento de casos de microcefalia no Nordeste. Registros na Paraíba foram em CG.
Publicado em 12/11/2015 às 7:28
O Ministério da Saúde decretou ontem estado de emergência em saúde pública de importância nacional, em virtude do aumento nos casos de microcefalia registrados em alguns estados do Nordeste, com atenção especial para Pernambuco, que confirmou 141 casos somente este ano. Em nota, o Ministério da Saúde informou que a investigação quer saber quais os fatores que provocaram o aumento dos casos, mas já suspeita de que gestantes tenham contraído o Zika Vírus durante a gestação e isso tenha provocado a microcefalia nos recém-nascidos. A Paraíba está na lista com casos suspeitos que estão sendo monitorados por equipes do Ministério da Saúde, que também ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), em Brasília, para acompanhar as investigações.
A preocupação com aumento dos casos na Paraíba foi publicada em matéria exclusiva no caderno de Cidades do JORNAL DA PARAÍBA, na edição do último sábado. Uma das maternidades paraibanas com casos suspeitos sendo investigados é o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) de Campina Grande, que recebe gestantes de vários municípios do Estado e já confirmou 12 casos de microcefalia somente no período de janeiro a setembro deste ano, sendo seis em recém-nascidos e outros seis em fetos (detectados através de exames).
Segundo a secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, existe uma dificuldade no acompanhamento porque a maioria dos casos foi registrada em recém-nascidos, os quais as mães vieram encaminhadas de outras cidades do Estado. “Já notificamos a Secretaria de Saúde do Estado e estamos aguardado orientações do Ministério da Saúde”, disse ela.
Ainda estão sendo verificados os dados referentes aos nascidos no Hospital da Clipsi, para ser apresentada uma radiografia dos casos em Campina Grande. Uma reunião de emergência foi realizada ontem no Isea para analisar a situação. O Isea já havia montado, em conjunto com a Secretaria de Saúde, um comitê de investigação, formado por vários profissionais, com objetivo de identificar as causas e possíveis associações com o Zika Vírus e outras patologias.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, revelou que em cada caso notificado todas as possibilidades precisam e estão sendo analisadas. “Estamos fazendo exames clínicos, de imagens e laboratoriais. Reforçamos às gestantes a necessidade se fazer o pré-natal”, frisou. Ele disse ainda que os gestores estaduais e municipais devem reforçar a vigilância e que comuniquem os casos ao Ministério da Saúde.
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