VIDA URBANA
Exames em fetos com microcefalia confirmam infecção por Zika
Ministério da Saúde diz que esta é a principal hipótese do surto registrado no Nordeste. Análises foram feitas em líquido amniótico de grávidas paraibanas.
Publicado em 17/11/2015 às 16:52
Foi confirmada nesta terça-feira (17), pelo Ministério da Saúde, a presença do Zika vírus no líquido amniótico de duas gestantes de Campina Grande com diagnóstico de fetos com microcefalia. Os fetos haviam sido diagnosticados com a má formação em exames de ultrassonografia; os testes foram realizados no laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Após o resultado dos exames, a pasta informou que a contaminação pelo vírus é a "principal hipótese" para explicar o aumento dos casos da má-formação em toda a região Nordeste. O ministério ressaltou, entretanto, que ainda não se pode afirmar que o vírus provoca a microcefalia. "Os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país", declarou a pasta em nota.
De acordo com a médica Adriana Melo, que integra o comitê da Prefeitura Municipal de Campina Grande para investigar as causas da doença, as mães dos dois bebês examinados são do município de Juazeirinho, mas fazem pré-natal na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida. Uma reunião com representantes do Ministério da Saúde foi marcada para a noite desta terça, no Hospital Municipal Pedro I. O objetivo do encontro é definir as estratégias de assistência às gestantes e aos bebês com microcefalia.
Um conjunto de medidas a serem adotadas pela prefeitura de Campina Grande deverá ser anunciado nesta quarta-feira (18) pelo prefeito Romero Rodrigues. A Secretaria Municipal de Saúde já confirmou dez casos de bebês com microcefalia nascidos na cidade, sendo um de paciente residente no município. Além destes, foram diagnosticados outros oito casos de bebês com a má-formação congênita e que devem nascer nos próximos meses. Em todo o Estado, foram registradas 21 ocorrências de microcefalia desde o aumento do número de casos.
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