VIDA URBANA
Telefonista 'peregrina' para vacinar filho contra paralisia infantil em CG
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa que pode causar sérias lesões e afetar o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível.
Publicado em 21/08/2015 às 8:00
Vacinar o pequeno Gabriel, de 2 anos, contra a poliomielite, doença que causa paralisia infantil, não foi uma tarefa fácil para a telefonista Luana Andrade, mãe da criança. Há cerca de 3 dias ela peregrinava por postos de saúde do bairro em que mora, nas Malvinas, em Campina Grande, sem encontrar a dose disponível. Depois disso, a telefonista teve que se deslocar ao bairro vizinho, Santa Rosa, para vacinar o pequeno e garantir sua imunidade.
“É complicado procurar uma simples vacina, por 3 dias, e não encontrar. Tive que sair das Malvinas e ir até Santa Rosa, onde minha mãe mora, para conseguir vacinar meu filho", criticou Luana.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa que pode causar sérias lesões e afetar o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A vacina polio é destinada a crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos incompletos. Apesar de o Brasil não apresentar casos de poliomielite desde 1990, é importante que a imunização continue, para evitar que a doença volte a circular no país.
A nossa reportagem conversou com funcionários de uma das unidades em que Luana procurou atendimento, a Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Umburanas, e foi informada que não só a vacina polio, mas também outras, como a pneumo10, que imuniza contra dez tipos de pneumonia, estavam em falta durante toda a semana, tendo em vista que o estoque mensal não foi reposto dentro do prazo, que seria até o dia 10 desse mês. “Muita gente veio aqui desde segunda, mas o que podíamos dizer era só que não tinha. Porque já havíamos solicitado e não chegou a reposição", disse a funcionária, que preferiu não se identificar.
A reposição das vacinas da unidade das Umburanas só foi feita no final da manhã de ontem, cerca de 9 dias após o previsto. A coordenadora municipal de imunização, Miralva Cruz, reconheceu que as vacinas estavam em falta e atribuiu isso à falta de comunicação entre a unidade e a secretaria. Segundo ela, as equipes de saúde da família têm a obrigação de informar o déficit antes que a vacina acabe.
Lista de vacinas disponíveis:
*Antirrábica humana
*Bcg – tubeculose
*Tríplice bacteriana – previne
difteria, tétano e coqueluche
*Dupla adulto – tétano e
difteria em adultos
*Dpt acelular para gestantes -
difteria, tétano e coqueluche
em gestantes
*Febre amarela
*Hepatite A
*Hepatite B
*HPV
*Meningite C
*Pentavalente (difteria,
tétano, coqueluche, hepatite
B e influenza tipo B)
*Pneumo10 - protege contra
dez tipos de pneumonia
*Rotavírus humano –
diarreias causadas por rotavírus
*Tetraviral – sarampo, rubéola, caxumba e catapora
*Tríplice viral
*Vip e Vop – poliomielite
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