Greve na Cagepa está mantida

A greve dos funcionários da Cagepa filiados ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb) será mantida de acordo com a decisão dos servidores, que se reuniram na manhã de ontem para a realização de uma assembleia geral na sede em Campina Grande.

O movimento grevista será mantido por tempo indeterminado porque os trabalhadores não aceitaram as garantias previstas no dissídio coletivo realizado na sexta-feira passada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre a direção do sindicato e a presidência da empresa.

Com isso, as atividades continuam restritas para o serviço de manutenção, tratamento e distribuição de água de 180 cidades que são atendidas nas regiões da Borborema, Brejo, Cariri, Sertão e Alto Sertão da Paraíba. A decisão em manter a greve foi tomada pela maioria absoluta dos participantes da assembleia, que reprovaram a falta de negociação entre a empresa e o sindicato, e principalmente a proposta de reajuste salarial ser abaixo da expectativa dos trabalhadores que é de 15%, enquanto que a empresa ofereceu o índice da inflação que está estipulado em 6,54%.

De acordo com o presidente do Stiupb, Wilton Maia, ainda ontem o TRT foi comunicado da decisão dos servidores em continuar a greve, e que a partir de então as categorias, que juntas somam cerca de dois mil trabalhadores, aguardam uma nova rodada de negociação entre as partes.

Dentre as propostas feitas pela direção da Companhia de Esgotos da Paraíba (Cagepa) está o aumento de 10% no ticket de alimentação, que passou de R$ 590 para R$ 650, além do aumento de 120 para 180 dias para a licença maternidade, reajuste de 6,4% no valor das diárias, pagamento adicional de periculosidade aos motoqueiros, além do abono dos dias da greve.

De acordo com a assessoria de imprensa da Cagepa, as mesmas garantias apresentas ao Stiupb foram negociadas com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos (Sindiágua), que atua em João Pessoa e região, e as partes chegaram a um acordo. A entidade ainda apontou que irá esperar um posicionamento por parte do TRT para voltar ao diálogo com os grevistas.