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COTIDIANO

Em busca de 'falsa celeridade' 7ª vara extinguiu 1.058 ações, diz OAB

Segundo Odon Bezerra, Justiça Federal se apegou numa “falsa celeridade” para extinguir todo tipo de processo, mesmo que estes possuíssem apenas “vícios sanáveis”.

Publicado em 09/06/2010 às 10:40 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:36

Phelipe Caldas

Após denunciar a 7ª Vara Federal de João Pessoa por “extinção em massa e indiscriminada de ações sem análise de méritos”, o presidente da OAB da Paraíba, advogado Odon Bezerra, foi além e disse nesta quarta-feira ao Portal Paraíba1 que a juíza Niliane Meira Lima (titular da Vara) adotou tal medida buscando apenas “estatísticas positivas” para o Poder Judiciário. Assim, ela extinguiu em apenas um mês 1.058 ações sem análise de mérito.

Segundo Odon, a Justiça Federal se apegou numa “falsa celeridade” para extinguir todo tipo de processo, mesmo que estes possuíssem apenas “vícios sanáveis”. Para ele, qualquer juiz tem o poder de intimar a apresentação de eventuais documentos ou procurações faltantes na ação, mas nestes casos mais simples a medida adotada jamais deveria ser a extinção sumária da ação.

O presidente da OAB se apega a dados comparativos entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte para basear o que diz. Lembrando que os dois estados têm populações e demandas parecidas, ele destaca que enquanto a Justiça Federal na Paraíba extinguiu 68% de suas matérias sem análise prévia de méritos, no mesmo período este índice é de apenas 18% no estado potiguar.

O advogado-presidente criticou também uma portaria emitida em 2005 pela Justiça Federal, que restringiu o direito dos advogados em “postular antecipação de cautela”, mesmo que o artigo 273 do Código de Processo Civil diga que este é um direito irrestrito dos advogados. “O Poder Judiciário de repente começou a querer legislar”, disparou.

Ele comemora, contudo, a liminar expedida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que suspendeu a portaria. “Foi feito justiça neste assunto. Os advogados paraibanos estavam sendo cerceados no exercício da profissão”, declarou Odon Bezerra.

Sobre a nota emitida pela Justiça Federal, rebatendo as denúncias e dizendo que a OAB estava distorcendo os dados, Odon Bezerra disse que todas as informações foram colhidas no próprio Poder Judiciário e que a própria juíza, quando questionada pelo CNJ, admitiu a existência do problema.

“Ela mesmo (a juíza Niliane Meira Lima) disse ao CNJ que a 7ª Vara possui um grande número de sentenças sem resolução de mérito. Não sou eu quem digo, mas ela mesmo em suas explicações. Achamos que os advogados e a sociedade em geral estão sendo prejudicadas e queremos uma solução. Apenas isto”, concluiu.

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Jornal da Paraíba

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