COTIDIANO
Nelson Júnior promete reduzir pela metade comissionados da Paraíba
Candidato do PSOL ao Governo da Paraíba criticou as práticas políticas de Cássio Cunha Lima e de José Maranhão e disse que vai acabar com a política da "compra de adesões".
Publicado em 18/08/2010 às 19:26 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:35
Phelipe Caldas
O candidato do PSOL ao Governo da Paraíba, Nelson Júnior, prometeu na noite desta quarta-feira (18), durante entrevista ao JPB 2ª Edição, cortar pela metade o número de cargos comissionados na estrutura administrativa do Governo da Paraíba, que atualmente é de mais ou menos 6 mil. Ele prometeu também convocar “todos os aprovados em concursos públicos não nomeados pelo atual governador José Maranhão (PMDB)” e destacou que assim vai reduzir drasticamente o número de prestadores de serviço contratados sem concurso.
“Dinheiro para isto a Paraíba tem e nós vamos colocar em prática quando formos eleitos”, destacou o candidato, último a participar da série de entrevistas que as Tvs Paraíba e Cabo Branco realizaram com os postulantes ao Governo cujos partidos têm representação na Câmara dos Deputados.
Durante a sabatina, ele rechaçou a ideia de que ele não tem experiência administrativa para governar a Paraíba e destacou que muitos “políticos experientes” da atualidade não fazem nada pelo povo. “O que mais existe no brasil é político com experiência administrativa, mas que nem por isto fazem alguma coisa. Sou professor, mestre em administração e conheço os problemas da sociedade. Estou pronto para implementar as mudanças necessárias”, frisou.
Sobre seu pífio desempenho nas pesquisas eleitorais até aqui, em que aparece com 0% das intenções dos votos, ele diz que é ao mesmo tempo o candidato com os menores índices de rejeição. “Na medida em que a campanha se desenrolar e pudermos apresentar nossas principais propostas de governo, conseguiremos convencer o eleitorado de que o nosso é o melhor projeto”.
Nelson Júnior destaca ainda que vai dialogar com a Assembleia Legislativa da Paraíba, em busca de viabilizar os projetos para o Estado, mas diz que não vai usar os mesmos artifícios que segundo ele foram usados tanto pelo ex-governador Cássio Cunha Lima (PMDB) como pelo atual governador José Maranhão.
“Estes aliados que só aderem em troca de cargos eu não quero. Vou governar ao lado do povo e eles serão nossos principais aliados. Vamos acabar com esta política de troca de favores e de compra de adesões”, disparou.
Já ao falar sobre suas propostas para a área de educação, ele defendeu escola em tempo integral e a elevação dos gastos no setor em até 30% do que é investido atualmente. “Vamos desenvolver um bom programa de educação para a Paraíba”, garantiu. “Ela é a base para todas as outras conquistas”, completou.
Por fim, ele disse que vai lutar para descentralizar a economia paraibana a partir da criação de cooperativas e defendeu o que ele chamou de “inversão da lógica” existente atualmente. “Os atuais governantes concedem investimentos fiscais às grandes empresas. É esta a lógica de Maranhão e dos Cunha Lima. Eu, ao contrário, vou dar incentivo fiscal de dois anos aos micros e pequenos empresários, para incentivar a abertura de novos negócios e permitir que eles se estruturem no início do empreendimento”, concluiu.
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