icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Auditores são condenados por cobrança de propina e ameaça

Dupla pedia dinheiro a empresários em troca de fazerem vista grossa durante inspeções, além de burlar a cobrança de impostos.

Publicado em 07/06/2016 às 12:00

Os auditores fiscais Antônio Firmo de Andrade e Ediwalter de Carvalho Vilarinho Messias foram condenados pelo Tribunal de Justiça da Paraíba pelo crime de corrupção ativa, em sentença divulgada nesta terça-feira (7). Ambos foram presos em maio do ano passado, durante a operação 'Mercado Negro'. Os dois funcionários da Secretaria Estadual da Receita extorquiam empresários de João Pessoa para fazer vista grossa durante inspeções e na cobrança de impostos.

Antônio Firmo foi condenado a seis anos e oito meses de prisão; Ediwalter de Carvalho, por sua vez, recebeu a sentença de sete anos e quinze dias de prisão. As sentenças serão cumpridas em regime semiaberto; além disso, ambos perderam os respectivos cargos de auditores.

O processo contra ambos partiu de uma denúncia da empresária Yhasmmin Delfino Ferreira. De acordo com ela, os auditores cobraram uma propina de R$ 200.000,00, posteriormente diminuída para R$ 120.000,00, para não aplicar tributos na empresa dela. “Contudo, não houve prejuízo material ao Estado, já que a comerciante, ao invés de pagar a propina, procurou as autoridades constituídas para a adoção das providências legais”, ressaltou o juiz Rodrigo Marques Silva Lima. Eles foram incursos nos crimes contra a ordem tributária e o crime de ameaça.

Em sua sentença, o juiz afirmou que está devidamente comprovado no caderno processual que os réus fizeram uso de suas funções públicas para exigir propina de contribuinte. "Imperiosa se faz a condenação dos acusados e está caracterizada a ameaça, mesmo que velada, palavras capazes de incutir temor à vítima", declarou.

Auditores intimidaram empresária

Conforme os autos, Yhasmmin compareceu à Secretaria de Estado da Receita para tentar dar andamento a um pedido concernente a seu comércio. Na ocasião,ela foi atendida pelos denunciados, que seriam os responsáveis pela fiscalização em seu estabelecimento comercial. “Entretanto, embora tenha apresentado a documentação solicitada pelos auditores, a contribuinte foi surpreendida com a proposta espúria de pagamento de propina aos denunciados. Chegaram até a apresentar tabelas com valores”, esclareceu Rodrigo Marques.

Segundo o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a partir de então, a vítima começou a ser cobrada, por telefone, acerca de uma decisão sobre os valores apresentados pelos auditores. Uma reunião foi marcada entre a vítima e os auditores para negociação dos valores. Nessa reunião, Yhasmmin tentou negociar o valor a ser pago a título de propina, conseguindo diminui-lo para R$ 120.000,00, divididos em três parcelas de R$ 40.000,00.

Em outro encontro, Ediwalter afirmou que tal negociação tratava-se de “um mercado negro” e que inclusive seus chefes estariam envolvidos nas tratativas, intensificando as ameaças dizendo “que hoje ela estaria ali, amanhã poderia não estar”.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp