COTIDIANO
TCU investiga causas do apagão que atingiu o NE em fevereiro
Falha operacional do sistema de distribuição de energia da Chesf é uma das principais hipóteses para justificar o blecaute, que atingiu oito estado do Nordeste.
Publicado em 09/05/2011 às 16:59 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:30
Da Redação
Com Assessoria TCU
O apagão que afetou 100% da Paraíba e 90% da região Nordeste, no início de fevereiro deste ano, será alvo de investigações do Tribunal de Contas da União. O TCU iniciará uma auditoria na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para apurar as possíveis falhas que acarretaram o blecaute.
Até hoje não se sabe quais foram as razões da interrupção no fornecimento de energia, que atingiu oito estados por pelo menos cinco horas, das 23h20 do dia 3 de fevereiro até por volta das 4h30 do dia 4. Cerca de 40 milhões de brasileiros foram afetados pela falta de luz. Piauí e Maranhão foram os únicos estados da região não afetados pelo blecaute.
Na Paraíba, com a interrupção do fornecimento de energia elétrica, telefones ficaram sem linha e semáforos, apagados. Os hospitais e indústrias tiveram que acionar geradores para garantir o funcionamento. Telefones da polícia e de outros serviços de urgência, como o Samu, ficaram sem funcionar normalmente ao longo de todo o dia 4.
Outro problema acarretado com o problema da rede de energia elétrica, na Paraíba, foi a falta de água, problema enfrentado, também, por Bahia e Alagoas. Na Paraíba, a Região Metropolitana de João Pessoa e algumas cidades do interior chegaram a ficar sem durante todo o dia.
De início, chegou-se a cogitar que o problema havia sido na Energisa. Só horas depois de restabelecido o fornecimento de energia é que ficou esclarecido que o foco do problema havia sido na Chesf. Uma das hipóteses é de falha operacional do sistema de distribuição de energia. Segundo o ministro-relator Raimundo Carreiro, devido à grande extensão geográfica atingida e à longa duração da interrupção, é possível que haja uma deficiência na gestão desse sistema.
A ideia da auditoria, que foi motivada por representação de deputados federais, é identificar também os pontos de risco mais críticos na operação do sistema da empresa. A fiscalização contribuirá ainda para se conhecer a capacidade de investimento da Chesf, a execução do orçamento da companhia, a capacitação do quadro de pessoal e a situação dos equipamentos.
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