Juíza manda prender 12 policiais militares

Doze policiais militares supostamente envolvidos na morte do técnico em monitoramento Tiago Moreira, de 27 anos, no mês de agosto deste ano, foram presos, na tarde de ontem, em Campina Grande, seguindo determinação da juíza Vanessa Dantas Liberalino, que decretou a prisão preventiva dos militares pela acusação de lesão corporal seguida de morte.

Eles estão recolhidos na sede do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Campina Grande onde são lotados. Os policiais militares (PMs) presos ontem e outros seis envolvidos no caso haviam sido denunciados pelo Ministério Público no início do mês. O promotor Sócrates da Costa Agra revelou que a motivação do pedido foi para resguardar testemunhas e ainda permitir a ampla defesa dos acusados.

“Pedimos que todos os envolvidos fossem presos porque participaram direta ou indiretamente do crime, agindo ou permitindo a tortura. As testemunhas estão sendo ameaçadas e precisamos assegurar sua proteção, bem como garantir que estes policiais possam se defender das acusações sendo afastados de suas atividades”, afirmou o promotor.

Três dos policiais fazem parte da 5ª Companhia do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O capitão Alysson Figueiredo, comandante do Bope, disse que determinação judicial não se discute, mas afirmou que acredita na inocência dos militares da sua equipe.

“Todos são bons policiais e têm um histórico relevante de bons serviços prestados à sociedade. Até provar o contrário, acredito na palavra dos meus homens e lamento que eles estejam passando por uma situação como essa, diante de um fato que tem um processo que ainda não está às claras e sequer teve uma reconstituição do crime até agora”, destacou o capitão.

Advogados dos policiais vão entrar com pedido de habeas corpus.