VIDA URBANA
Incidência de raios UV ainda é alta na Paraíba
Estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mostra que indicadores na PB estão apenas dois pontos abaixo do índice máximo.
Publicado em 17/04/2012 às 6:30
Mesmo com o final do Verão, a população da Paraíba deve continuar atenta aos riscos com a radiação solar terrestre. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Paraíba continua com Índice Ultravioleta (IUV) de 12 a 13, que são apenas dois pontos abaixo do índice máximo.
Dias com nebulosidade variada transmitem em torno de 89% da radiação UV. Com céu parcialmente nublado, a transmissão sobe para 73% da radiação UV. Somente em dias chuvosos ou com cobertura espessa é que há uma redução razoável dos efeitos da radiação, chegando à transmissão de apenas 32% da radiação UV.
“O índice varia em função da localização, ou seja, latitude e longitude, e da época do ano: no inverno o índice é menor que na primavera e outono que são menores que no verão, mas ainda assim é preciso tomar cuidado. Um outro fator importante é o horário em que as pessoas se expõem ao sol”, explica Francisco Raimundo da Silva, supervisor do Laboratório de Variáveis Ambientais Tropicais (Lavat), Centro Regional Nordeste, órgão vinculado ao Inpe.
O horário de pico está por volta das 12 horas (meio dia solar na região equatorial) quando o sol está exatamente no meio do curso do nascer ao pôr do sol e sem nuvens. Cerca de 20 a 30% da quantidade de energia UV no verão chega à Terra em torno do meio-dia (entre 11h e 13h), e cerca de 70 a 80% entre as 9h e 15h.
Mas, tipos de solo são igualmente importantes a serem considerados na duração da exposição solar, orienta o especialista. “Água, areia e neve refletem raios UV e por isso intensifica os efeitos da exposição. Atividades como Surf e natação devem, portanto ter cuidados para evitar a superexposição ao sol. Não podemos esquecer também das atividades dos trabalhadores com atividade externa, que devem usar roupas especiais e bonés”, afirma.
As reações da pele humana à exposição à Radiação UV (R-UV) podem ser classificadas como agudas (imediatas) ou crônicas (a longo prazo).
As reações agudas, como queimaduras, bronzeamento e produção de vitamina D, se desenvolvem e desaparecem rapidamente; enquanto as crônicas, como fotoenvelhecimento e câncer de pele, têm aparecimento gradual e de longa duração.
A diferença entre ambas as reações se deve, principalmente, ao histórico de exposição da pessoa e a diferentes comprimentos de onda da R-UV, uma vez que a R-UVB é cerca de 1000 vezes mais “agressiva” do que a R-UVA.
Essa diferença faz com que a R-UVA tenha uma contribuição de somente 15 a 20% na quantidade de energia responsável pela queimadura. Os principais efeitos da R-UV sobre pele humana são apresentados no quadro abaixo.
Comentários