VIDA URBANA
Trauma atende 100 vítimas de cobras ou escorpiões por mês
Na maioria dos casos aconteceram ataques de serpentes e escorpiões; vítimas devem acionar o Corpo de Bombeiros.
Publicado em 09/05/2012 às 6:30
A morte do agricultor Antonio Luís Pereira, de 67 anos, na última segunda-feira, depois de sofrer uma picada de cobra jararaca no sábado passado, na zona rural da cidade de Barra de Santana, região do Agreste paraibano, chamou atenção para o perigo dos animais peçonhentos. Ano passado, cerca de 100 pessoas foram atendidas por mês no Hospital Regional de Trauma de Campina Grande vítimas de animais peçonhentos, segundo o Centro de Atendimento Toxicológico (Ceatox) da unidade de saúde.
Segundo a coordenadora do Ceatox, Sayonara Lia Fook, essa média tem se mantido nos primeiros meses de 2012. A exemplo do que aconteceu com o agricultor Antonio Pereira, Sayonara afirmou que a maioria dos casos é de pessoas que foram vítimas de picadas de serpentes. “Ano passado, tivemos cerca de 1.200 atendimentos, o que é uma média alta. Desses, quase 700 foram de pacientes atacados por serpentes, e os outros 500 por escorpiões, já que o primeiro age em área rural e o segundo no meio urbano”, explicou Sayonara.
Caso alguém seja vítima de ataque de alguns desses bichos, o tenente Linaldo Souto, membro do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, apontou alguns cuidados que devem ser seguidos, além de orientar a não colocar em prática remédios caseiros e mitos que possibilitam o tratamento da ferida.
Segundo o militar, a vítima do animal peçonhento ou algum familiar, deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros e comunicar a ocorrência para que uma equipe possa capturar o animal e identificá-lo.
“A captura do animal é importante porque o identificamos, o que contribui para sabermos qual o tipo de veneno que está no corpo da vítima. Ao ser atacada, a pessoa deve ficar imóvel, para que o veneno não se espalhe rapidamente no sistema circulatório, além de não aplicar gasolina, querosene e outros tipos de combustíveis que não agem contra os males do veneno”, orientou o tenente.
Outra dica é não cortar a região picada para que uma pessoa possa sugar o veneno. “Essas práticas são só mitos que não facilitam o atendimento médico do paciente”, lembrou Linaldo.
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