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COTIDIANO

Justiça bloqueia bens do deputado Batinga na máfia das ambulâncias

Justiça Federal determinou indisponibilidade de bens de Carlos Batinga no processo da Operação Sanguessuga. Na época, ele era prefeito de Monteiro.

Publicado em 23/02/2010 às 11:46 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:37

Karoline Zilah

A Justiça Federal determinou o bloqueio dos bens do deputado estadual Carlos Batinga (PSC) e de outros três réus de uma ação civil pública por improbidade administrativa que teria sido cometida em 2006 quando o parlamentar era prefeito do município de Monteiro, no Cariri paraibano. Segundo a acusação, os prejuízos seriam de R$ 76.072,89.

As denúncias são de que o então prefeito teria se envolvido no esquema de desvio de dinheiro público descoberto pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga. De acordo com o processo movido pela Advocacia Geral da União, Batinga teria se beneficiado de recursos públicos adquiridos ilegalmente por meio da fraude de licitações para a compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares.

Na segunda-feira (22), a Justiça também resolveu sequestrar e indisponibilizar os bens do prefeito de Santa Luzia (PB), José Ademir Pereira de Morais (DEM) e de três servidoras públicas da prefeitura, pelos mesmos motivos.

Acusações contra Batinga

O processo contra Carlos Batinga corria em segredo de justiça até o dia 3 de fevereiro deste ano. Em consulta pela internet, é possível constatar que no dia 18 de dezembro a Justiça Federal determinou a indisponibilidade de bens dos réus Carlos Alberto Batinga Chaves, Luciana Torres Romão, Maria Rosilene de Andrade e Francinaldo Justino da Silva.

No que diz respeito ao deputado Batinga, estão bloqueados os seus ativos financeiros no total de R$ 29,4 mil a fazenda Malhada do Campo", localizada em Monteiro e calculada em R$ 13 mil, e um apartamento localizado em João Pessoa, avaliado em R$ 100 mil.

Defesa

Em dezembro, a defesa argumentou que o deputado apresentou certidões expedidas pela Assembleia Legislativa assegurando que todos os valores creditados em sua conta corrente possuiriam natureza legal. Seriam provenientes de seu salário como parlamentar, de verba indenizatória e de auxílio-alimentação destino aos servidores de seu gabinete.

Em contato com a reportagem do Paraíba1, a Chefia de Gabinete do deputado informou que ele está viajando, mas adiantou que a defesa já entrou com um recurso contra a decisão da Justiça Federal.

Imagem

Jornal da Paraíba

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