ECONOMIA
PIB da Paraíba se compara ao da Jamaica
Revista inglesa 'The Economist' compara os PIBs dos Estados brasileiros aos dos países.
Publicado em 24/09/2011 às 8:40
Willian De Lucca
Se a economia paraibana fosse comparada a dos países, o Estado teria a soma de riquezas semelhante a Jamaica, localizada no Mar do Caribe. Publicado no site da revista inglesa 'The Economist', especializada em finanças, o estudo traça comparação entre o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados brasileiros, em dólar, a diversos países. As relações curiosas apontam para um longo caminho a ser percorrido ainda pelos Estados brasileiros para se comparar a economias mais desenvolvidas.
Segunda a revista inglesa, o PIB da Paraíba é estimado em US$ 14,9 bilhões, seria um pouco maior que a Jamaica (US$ 13,9 bi). O valor coloca a Paraíba como a 5º na economia do Nordeste, à frente de Piauí (Macedônia), Alagoas (Afeganistão), Sergipe (Camboja) e Rio Grande do Norte (Jamaica). Os valores são de 2008.
O resultado do PIB per capita, que divide a riqueza pelo número de habitantes, é pior. Com apenas US$ 3.743 dólares por habitante, o valor é semelhante ao Equador (US$ 3.775), deixando o Estado na quarta pior colocação do país, atrás de Piauí (Geórgia), Maranhão (Tonga) e Alagoas (China).
Economista critica postura do Estado (clique e leia)
Para o Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Gustavo Nogueira, o resultado não é desastroso, pois o Estado fica atrás de Estados que, segundo ele, recebem um grande volume de investimentos públicos. “É uma crítica que fazemos sempre. Existe uma lógica de investimentos concentrados em Pernambuco, Ceará e Bahia, então é normal que fiquemos atrás desses Estados na pesquisa”, afirma.
Contudo, o secretário criticou a comparação da pesquisa. Segundo ele, o desempenho do PIB só pode ser comparado entre Estados ou então entre países. "Os Estados não são autônomos quanto às políticas públicas da sua economia, e as escolhas seriam da Federação". Contudo, Gustavo acredita que o resultado seria diferente se houvesse uma melhor distribuição dos investimentos públicos, concentrados hoje nos Estados que lideram a lista.
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