VIDA URBANA
Médicos do Trauma de CG ameaçam parar atividades
Eles querem que o Governo do Estado aumente o valor do plantão que é pago atualmente.
Publicado em 22/11/2011 às 7:48
Os médicos cooperados que prestam serviço ao Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, devem deixar de atender, caso o Governo do Estado não aumente o valor do plantão pago atualmente aos profissionais. Eles recebem R$ 1 mil por 12 horas de trabalho e querem passar a receber R$ 1.500,00. O problema foi discutido na tarde de ontem em uma audiência realizada na Promotoria da Saúde da cidade.
A categoria argumenta que há 11 meses faz concessões ao poder público, por isso espera reciprocidade. “No ano passado, nosso plantão era de R$ 1.500,00, mas em janeiro concordamos em baixar o valor para R$ 1 mil. Seriam só seis meses, mas já esperamos há 11”, ressalta o médico Carlos Roberto, presidente da Cooperativa Campinense dos Anestesiologistas (Cocan).
O secretário estadual de Saúde, Waldson de Sousa, afirma que é preciso uma licitação para que se defina o valor mais justo e assegurou a realização de um pregão eletrônico no prazo de 15 dias. Ele adiantou, entretanto, que é difícil estabelecer um valor acima de R$ 1 mil, pois esse é o valor pago em todo o Estado.
O médico Carlos Roberto, por sua vez, adiantou que se não houver flexibilidade por parte do governo não há como fechar a escala de trabalho no Hospital de Trauma em dezembro. Os contratos das cooperativas dos Ortopedistas, dos Anestesiologistas, dos Cirurgiões e dos Profissionais de Clínica Médica e Vascular serão encerrados no dia 30 de novembro, mas os médicos se comprometeram a aguardar uma proposta pelo menos até o dia 5 de dezembro.
O diretor do Hospital de Trauma, Geraldo Medeiros, considera a situação delicada, pois os cooperados respondem por mais de 80% das cirurgias realizadas no hospital. Estão sendo realizadas, atualmente, uma média de 700 cirurgias. No início do ano, esse número não passava de 300. A alta demanda vem acarretando falta de materiais cirúrgicos, mas Waldson de Sousa garantiu que isso será resolvido imediatamente.
O promotor da Saúde, Herbert Targino, disse que não há como pensar na solução do problema sem que haja bom senso de todos os lados. Ele espera que o impasse seja resolvido até dezembro, para que a população não seja prejudicada.
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