VIDA URBANA
‘Mercado da terceira idade’ passa despercebido na Paraíba
Com tempo mais livre e poder aquisitivo em alta, a chamada terceira idade permanece ainda despercebida pela maior parte do mercado paraibano.
Publicado em 03/10/2010 às 16:33
Jean Gregório
Do Jornal da Paraíba
Com tempo mais livre e poder aquisitivo em alta para realizar compras de diversos produtos e serviços, a chamada terceira idade permanece ainda despercebida pela maior parte do mercado paraibano, menos, é claro, o setor bancário, que nos últimos anos adotou marketing agressivo nas linhas de crédito do empréstimo consignado e oferta de cartões para essa faixa etária.
Somente nos sete primeiros meses deste ano, os bancos já faturaram R$ 318 milhões com os aposentados e pensionistas do INSS no consignado. O volume é parcial, pois não inclui o montante das esferas federal, estadual e das 223 prefeituras do Estado. Ao todo, a folha de pessoal dos aposentados e pensionistas da Paraíba supera os R$ 5 bilhões por ano.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2009) do IBGE revelam que a Paraíba tem, atualmente, 11,4% da sua população acima de 60 anos, o que representa 438 mil, acréscimo de 75 mil novas pessoas quando comparada à Pnad de 2005, quando o número era de 362 mil (10,1% da população). Os números divulgados, no último mês, mantiveram o Estado com a maior taxa na região Nordeste e a 6ª colocação do país.
Mercado crescente
O aumento da expectativa de vida é fruto dos avanços da medicina, estabilização econômica e ganho real da renda e o envelhecimento da população nos últimos anos tem sido uma tendência cada vez mais forte. A projeção é que nos próximos dez anos esse número atual dobre, pois já existem 770 mil paraibanos na faixa etária entre 40 a 59 anos. Na prática, isso significa maior demanda no setor de serviços e produtos para essa faixa e oportunidade de negócios.
Autor do estudo “A Idade do Poder”, que traça um perfil de consumo da terceira idade, o diretor geral de Mídia e Negócios da Talent, Paulo Stephan, diz que a Paraíba possui “mais potencial que outras áreas do Brasil dentro desse grupo”.
“Vale a pena pensar em produtos ou serviços adequados a esse perfil. Insisto que devemos não rotular como terceira idade, mas como um grupo de consumidores bastante seletivo, criterioso, mas com alto poder de consumo”, comenta Stephan, que descarta rótulos comuns à população acima de 60 anos.
“Uma das grandes mudanças que precisamos ter, é não classificar esse grupo de pessoas como idosos, pois na verdade eles não são. A idade cronológica tem cada vez menos ligação com a idade mental. Eles são ativos, otimistas, têm dinheiro e são ótimos consumidores”, declara.
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