POLÍTICA
Paiva acusa Durval e Almeida de liderarem manobra política
João Almeida pediu vistas e adiou votação de lei anti-nepotismo. Paiva não gostou da manobra e questionou os verdadeiros interesses dos parlamentares.
Publicado em 26/06/2008 às 15:43
Phelipe Caldas
Uma forte discussão envolvendo três vereadores pessoenses marcou a última sessão da Câmara Municipal de João Pessoa antes do recesso parlamentar. O conflito entre o presidente da Casa Durval Ferreira (PP), Severino Paiva (PSDB) e João Almeida (PMDB) aconteceu na manhã desta quinta-feira (26), no momento em que ia se votar a lei anti-nepotismo na administração municipal. Almeida pediu vistas para analisar melhor o projeto de lei, o que provocou o adiamento da votação e acabou irritando Paiva.
O vereador tucano disse que o pedido de vistas foi “uma manobra arquitetada pela bancada de situação para proteger os parentes que mantêm cargos na Prefeitura pessoense”. Ele criticou duramente João Almeida e disse que ele era “um vereador que fazia o jogo político do prefeito Ricardo Coutinho".
Sobre o presidente do legislativo pessoense, ele foi ainda mais duro. Paiva disse que o pedido de vistas foi aceito de forma “completamente irregular” e a intenção era apenas proteger os próprios parentes. “Temos que perguntar ao presidente Durval Ferreira quantos parentes ele tem contratado por Ricardo Coutinho, a ponto dele querer barrar a aprovação deste projeto moralizador”, prosseguiu.
O vereador João Almeida, em resposta ao parlamentar oposicionista, disse que ele está em seu direito regimental de analisar qualquer projeto de lei, e negou a existência de qualquer manobra política para barrar o projeto.
Já Durval Ferreira preferiu não se manifestar sobre os ataques de Paiva, e apenas se limitou a dizer que apenas cumpriu o que manda o regimento interno da Câmara. “O plenário é soberano para decidir sobre as questões a serem votadas no plenário, e cabe ao presidente apenas manter a ordem e dar segmento aos trabalhos”, explicou.
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