COTIDIANO
Corpo de Bombeiros realiza perícia em fábrica clandestina de fogos em Cajazeiras
Material explosivo é encontrado e explosão causa destruição total de cinco imóveis de duas ruas.
Publicado em 14/10/2010 às 17:34
Da Redação
Com Secom-PB
Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba passou toda a tarde desta quinta-feira (14) realizando perícia na residência onde ocorreu violenta explosão na manhã de quarta-feira (13), onde funcionava uma fábrica clandestina de fogos de artifício, na cidade de Cajazeiras. A explosão provocou a morte de uma pessoa, ferimentos em outras seis e deixou um rastro de destruição.
Pelo menos cinco casas foram totalmente destruídas e terão que ser demolidas. Outras 37 ficaram com as estruturas comprometidas, entre elas a do major Enéas Cunha Neto, comandante do 12º BPM, de Catolé do Rocha. Os imóveis num raio de 200m das ruas Francimeire Rolim de Albuquerque e José Ferreira Pires, no bairro Fátima Santos, foram atingidos.
A vítima fatal da explosão foi o sargento reformado da Polícia Militar José de Arimatéia dos Santos, também proprietário da fábrica, que morreu no local. O corpo dele foi sepultado na manhã desta quinta-feira.
Foram socorridos para o Hospital Regional de Cajazeiras, Lucinete Ricarte de Sousa, de 53 anos, com queimaduras no tórax anterior; Antônio dos Santos Nóbrega, de 45, ajudante e caseiro, com ferimentos na perna; Janaina da Silva Nunes, 25 e Francisco Bezerra, 55, ambos com ferimentos leves. Apenas Lucinete continua internada.
A tragédia poderia ter sido maior porque ao lado da fábrica clandestina funcionava uma associação de sem-terras. Um ônibus transportando cerca de 40 pessoas para o local quebrou no caminho, chegando minutos após a explosão.
A perícia comandada pelo tenente coronel Vilmar Dias de Oliveira chegou à rua Francimeire Rolim de Albuquerque por volta das 13h. No local foram encontrados materiais explosivos, entre eles bolas de cimento que são revestidas com pólvora, ficando constatado que o local era usado na fabricação e armazenamento de fogos de artifício.
O local foi medido, fotografado e diversos materiais foram recolhidos para análise no laboratório da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. O tenente-coronel Vilmar informou que o resultado da perícia será divulgado em trinta dias.
Já está constatado que a pólvora era comprada bruta e preparada no local para a fabricação dos fogos, na maioria infantis.
O 1º tenente Danilo Ramalho Leite, comandante do 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros, com sede em Cajazeiras, que acompanhou a perícia, disse que a explosão ocorreu às 5h50 e logo depois viaturas da unidade militar já estavam no local. Inicialmente, a equipe fez avaliação da cena, montou duas linhas de combate, combinando com a retirada de material, para em seguida providenciar o resfriamento e o socorro das vítimas.
Após conseguir debelar o fogo, os bombeiros recolheram do local cerca de 500 caixas de fogos de artifício que foram levadas para um paiol pertencente a uma empresa particular longe da zona urbana de Cajazeiras.
O tenente Leite informou ainda que a Defesa Civil municipal de Cajazeiras esteve no local para fazer a avaliação as residências afetadas, bem como foi registrada a presença do promotor de Justiça Ismael Vidal Lucena.
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