VIDA URBANA
Hospital de Trauma defende que cirurgiões não vão parar trabalhos
Direção do Hospital de Trauma e presidente de cooperativa trocam acusações sobre renovação de contrato de pediatras. Interrupção de serviços está marcada para domingo.
Publicado em 09/01/2010 às 16:45
Karoline Zilah
Mesmo com o anúncio de que 14 cirurgiões pediatras suspenderiam os trabalhos a partir do domingo (10), a direção do Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa, continua afirmando que os médicos não aderiram ao movimento e que a interrupção do atendimento seria um ato isolado do presidente da Cooperativa dos Cirurgiões da Paraíba (Coopecir-PB), Marcus Maia.
A troca de acusações aconteceu na tarde deste sábado (9), depois que Maia divulgou que os cirurgiões não comparecerão ao trabalho a partir do amanhã devido ao encerramento de um contrato entre a cooperativa e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) no dia 5 de janeiro.
Segundo o representante, não teria havido interesse do Estado em renovar o contrato. Já de acordo com o diretor geral do Trauma, o médico José Carlos de Freitas Evangelista, foi Maia quem se negou a assinar contrato em cima da hora.
Agora, resta saber se os cirurgiões comparecerão aos trabalhos no domingo no Trauma e no Hospital Infantil Arlinda Marques. Segundo José Carlos, “não existe nenhuma possibilidade de haver suspensão ou diminuição das atividades médicas no maior hospital público da Paraíba”. Isso porque os médicos não teriam aderido ao movimento da Coopecir e teriam concordado em cumprir com seus plantões e serem remunerados normalmente até que o impasse contratual seja resolvido.
“Essa foi uma atitude isolada do presidente. Tanto é que a categoria, em nenhum momento, aderiu a esse movimento que o presidente chama de paralisação. Não há nenhuma possibilidade disso vir a acontecer. Quero tranquilizar todos os paraibanos, pois quem precisar de atendimento no hospital de Trauma terá”, garantiu. José Carlos Evangelista.
A versão de Marcus Maia é diferente. Ele alega que a categoria sofre com a redução progressiva do número de leitos destinados aos pacientes cirúrgicos na pediatria. Marcus também reclama que, desde outubro do ano passado, a cooperativa estaria enviando ofícios aos gestores da SES para renovar os contratos dentro do prazo adequado, mas até o momento estas e outras solicitações da cooperativa não teriam sido atendidas.
De acordo com a Secretaria de Saúde, os contratos com as demais cooperativas médicas que prestam serviços ao Estado (Ortopedia, Pediatria, Terapia Intensiva e Anestesiologia) já teriam sido foram renovados.
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