POLÍTICA
CCJ só vota empréstimo depois de audiência com Marcos Ubiratan
Zenóbio diz que na condição de relator da matéria, o caso não pode ir para o plenário sem seu voto. Impasse para votação do empréstimo já dura um mês.
Publicado em 07/07/2009 às 10:53
Phelipe Caldas
O deputado estadual Zenóbio Toscano (PSDB) descartou na manhã desta terça-feira (7) qualquer possibilidade da Assembleia Legislativa da Paraíba votar hoje o pedido de empréstimo de R$ 191 milhões que o governador José Maranhão (PMDB) pretende contrair junto ao BNDES, como forma de compensar as perdas provocadas pela queda da receita.
Ele disse que está programada para a próxima quinta-feira (9) a vinda do secretário Marcos Ubiratan (Finanças) para a Casa, e que "em respeito ao secretário e ao povo da Paraíba" ele vai esperar esta audiência pública.
"Na condição de relator do processo, eu já tenho o meu voto definido, mas só vou apresentá-lo depois da vinda do secretário à Assembleia. E sem meu voto na Comissão de Constituição e Justiça, a matéria simplesmente não pode ir para o plenário", destacou o parlamentar, que é presidente da CCJ.
Além do adiamento, e apesar de não antecipar qual será o seu voto, Zenóbio dá pistas de que seu voto deve ser contra o pedido do empréstimo do jeito que ele está. O parlamentar explica que o "detalhamento de gastos" feito pelo Governo sobre o empréstimo contém "graves falhas".
Como exemplo, ele diz que R$ 10 milhões seriam destinados à reconstrução da Barragem de Camará, "mesmo que a obra esteja subjúdice e não possa neste momento não possa ser feita com verba pública".
O tucano diz também que com o dinheiro o governador promete retomar obras paralisadas pelo Governo Cássio, mas Zenóbio denuncia que ele lista alguns hospitais do interior que já estariam concluídos.
"Eu acho é que ele enviou um detalhamento que é impossível de ser executado apenas para dar uma satisfação ao legislativo paraibano, mas que na hora que for usado o dinheiro ele vai encontrar uma brecha para usar do jeito que quiser. Mas vamos fiscalizar isto e ter o cuidado de não aprovar algo que contenha tais irregularidades", concluiu.
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