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ECONOMIA

Terminal de cargas do Aeroporto Castro Pinto será fechado

Infraero vai encerrar as atividades internacionais em agosto. Empresas terão prejuízos.

Publicado em 10/06/2015 às 8:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 12:28

A atividade internacional do Terminal de Logística de Carga (Teca) do Aeroporto Castro Pinto, na Grande João Pessoa, será fechada no dia 26 de agosto, segundo confirmou a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infaero).
A alegação da Infraero é de que o serviço do Teca não é rentável, apresentando inclusive resultados negativos nos últimos anos.

Já para as empresas que trabalham com exportação e importação de produtos na Paraíba, a medida vai trazer prejuízos não só aos negócios dos empreendedores, mas também ao Estado e ao consumidor. O diretor da AL Trade, Marcelo Abrantes Silva, lamentou a decisão da Infraero e explicou que as perdas devem vir sob efeito cascata.

“Os empresários perdem porque cai competitividade e número de clientes, o Estado deixa de receber ICMS e o consumidor também tem prejuízo porque pode pagar mais caro por produtos que terão de ser desembarcados em outros Estados e voltar mais caro para a Paraíba, sem falar nas pessoas que estarão desempregadas. Tenho dois clientes que vão parar de trazer produto médico hospitalar para Paraíba e vão levar para Recife e o ICMS vai ficar em Pernambuco”, destacou Marcelo Silva.

A AL Trade atua mais no ramo de importação de produtos como médico-hospitalar, suplemento alimentar e peças de equipamentos. Marcelo Silva explicou que a mercadoria que trabalha precisa de rapidez para ser entregue já que se trata de peças de reposição de máquinas. Com o fechamento do Teca de João Pessoa até o Porto de Cabedelo será impactado, já que a Anvisa do polo portuário está fechada.
“As mercadorias que chegam no porto atualmente passam pela Anvisa do aeroporto. E com o fim do Teca, a atividade da Anvisa do Castro Pinto e dos demais órgãos federais também serão encerradas”.

Um dos sócios da empresa Lauro Victor de Barros Despachos Aduaneiros, Sebastião Cunha Pereira, afirmou que com o fim da atividade internacional no Teca, as alternativas mais próximas serão Recife (PE) e Natal (RN).

“O prejuízo é grande e quando se fecha uma unidade alfandegária é muito difícil retornar. Essa foi uma decisão unilateral porque a Infraero não reuniu as empresas que atuam no local para dialogar”.

A analista do comércio exterior da Lauro Victor de Barros Despachos Aduaneiros, Inaée Porto, acrescentou que somente esta empresa movimenta no Teca de João Pessoa quase R$ 1 milhão por ano com carga internacional.
“Com o fechamento, os clientes param de operar na região por questão de logística e o Estado perde as opções de movimentar as mercadorias internacionais. Ao invés de aumentar, estão tirando as que têm e isso é um retrocesso”.

SAIBA MAIS
A Infraero possui em sua estrutura uma rede de 28 Terminais de Logística de Carga – Rede Teca, espalhados por todo território nacional. Neles são prestados os serviços de armazenagem e capatazia (movimentação) da carga importada, a ser exportada e nacional (movimentada dentro do país).

DEPUTADO VAI PROCURAR AVIAÇÃO CIVIL
Sem saber ainda da decisão da Infraero, o líder da bancada da Paraíba na Câmara Federal, deputado Wilson Filho (PTB), revelou que vai procurar a Secretaria Especial da Aviação Civil para discutir o assunto. “Isso deve ocorrer esta semana”, frisou.
Já o superintendente do Aeroporto Castro Pinto, Sebastião David Domingos de Oliveira, confirmou o fechamento do Teca, mas não quis comentar o assunto.

Por meio da assessoria de imprensa, a Infraero explicou que o Teca será fechado porque “após vários estudos técnico-financeiros realizados pela Superintendência de Negócios em Logística, se percebeu que a manutenção da atividade da carga internacional no Teca do Aeroporto de João Pessoa não teria êxito em se tornar superavitária em médio prazo, mesmo com tentativas de captação de cargas”. A Infraero informou ainda que de janeiro a maio deste ano, o Teca do Castro Pinto movimentou apenas 15 toneladas em importação e nenhuma exportação.

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Jornal da Paraíba

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