VIDA URBANA
PB tem 175,6 mil carros velhos
Veículos fabricados antes de 1997 que ainda estão em circulação representam 20,21% da frota do Estado, segundo dados do Detran.
Publicado em 24/10/2012 às 6:00
Dos 869.206 veículos que estão atualmente em circulação na Paraíba, 175.680 possuem mais de 15 anos, ou seja, foram fabricados antes do ano de 1997. A quantidade representa 20,21% da frota do Estado, segundo dados do Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). Para especialistas, a presença de carros de modelos mais antigos nas ruas aumenta a poluição ambiental e pode elevar o risco de acidentes, caso a manutenção não esteja em dia.
As cinco cidades que mais possuem veículos com esse tempo de uso são João Pessoa (49.573), Campina Grande (28.549), Santa Luzia (5.963), Patos (5.910) e Bayeux (4.894). Enquanto isso, o Estado possui outros 258.047 carros que têm entre 6 e 15 anos.
Apesar disso, os números mostram que metade da frota paraibana é relativamente nova. Dos 869.206 veículos que estão emplacados nos 223 municípios do Estado, 435.477 têm menos de 5 anos de fabricação. O percentual é de 50,10%, como destaca o diretor administrativo do Detran-PB, Flávio Moreira. Ele explica que os carros com mais de 15 anos de idade não apresentam risco para a segurança dos condutores, desde que estejam com a manutenção em dia. “Anualmente, os veículos precisam ter o licenciamento renovado e só passam pelo procedimento após a aprovação numa vistoria criteriosa que é feita no carro pelo Detran-PB”, ressalta.
“Os peritos analisam as condições dos pneus, das luzes e dos itens de segurança, como extintores de incêndios e freios. Se houver algum problema, o carro não é aprovado na vistoria e o condutor é recomendado a fazer o conserto e apresentar o veículo novamente para a vistoria. Só saem da vistoria os carros que estão em condições de circularem nas ruas”, acrescenta o diretor.
Para Moreira, o problema reside na quantidade de veículos que estão com emplacamento atrasado. “Quem não renova o licenciamento, não é submetido à vistoria. Logo, não temos como assegurar que esse carro está em condições seguras de trafegar nas ruas”, lamenta.
O professor do Curso de Mecânica de Automóveis do Serviço Nacional de Aprendizagem para a Indústria (Senai), Matusalem Oliveira, possui 23 anos de experiência na área. Ele garante que, mesmo que tenha mais de 15 anos de fabricação, o carro não apresenta risco à segurança das pessoas, desde que esteja com a manutenção em dia.
Segundo o docente, o que determina o tempo de uso do carro é a manutenção e algumas medidas podem não apenas prevenir acidentes, como aumentar o tempo de vida útil do veículo. “Os cuidados que mais exigem atenção são a troca de velas, de filtros e do óleo, que deve ser feita a cada 7.500 ou 5 mil quilômetros (dependendo do tipo do óleo usado). Sem esses cuidados, o motor do carro fica desgastado e vai perdendo a força. Numa ladeira, por exemplo, ele demora na subida. Também é preciso ficar atento às condições da suspensão, alinhamento e escapamento, além de evitar passar correndo por cima de buracos”, completa.
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