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VIDA URBANA

Paraíba já possui mais de 300 casos suspeitos de microcefalia

Ministério da Saúde anunciou nesta terça (8) novo protocolo para casos de microcefalia em todo país

Publicado em 08/12/2015 às 11:41

O anúncio de mudança de protocolo foi o ponto principal abordado pelo Ministério da Saúde durante entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (8), em Brasília. O principal ajuste é a mudança do perímetro encefálico, que agora é de 32 centímetros, segundo anunciou o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovicth. Crianças com perímetro encefálico maior que 32 centímetros continuam sendo acompanhadas.

Segundo o diretor, “essa diferença de 1 centímetro leva a um grande número de notificação de crianças que estão no limite da curva da normalidade”. A partir de agora, os estados devem fazer a classificação segundo o novo critério. A Paraíba possui 316 casos suspeitos de microcefalia e um óbito foi registrado até o momento. O protocolo passou por análise de especialistas e agora passa a valer para todo o país. Maierovitch disse que outras adaptações podem ser necessárias em outras ocasiões, tendo em vista que o processo está em construção.

Ainda na coletiva Maierovitch destacou que o combate ao mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, chikungunya e zica vírus) também depende do esforço da população, que pode contribuir eliminando recipientes com água parada, ambiente favorável ao mosquito. Na capital, denúncias podem ser feitas à Vigilância Sanitária de João Pessoa pelo telefone (83) 3218-9357.

Perguntado, mais uma vez, sobre qual a orientação do Ministério da Saúde para as mulheres que querem engravidar, Maierovitch voltou a dizer que “a decisão de uma gestação deve ser tomada pela mulher com o seu companheiro e seus familiares”. Ele enfatizou que cada situação é diferente, e é preciso analisar os mecanismos que cada mulher tem para se proteger de possíveis picadas do mosquito Aedes aegypti. Contudo, afirmou, em tom de alerta, que o fato de um novo vírus está em circulação deve ser uma preocupação adicional para as grávidas.

Sobre a possível relação entre o aumento de casos da Síndrome de Guillain-Barré e o zica vírus, Maierovitch disse que ainda é cedo para fazer qualquer afirmação nesse sentido. Os casos estão em análise. O registro da síndrome disparou nos últimos meses nos estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia e Maranhão, segundo afirmou o diretor Maierovitch durante a entrevista.

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Jornal da Paraíba

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