POLÍTICA
Temer diz que só afastará ministros se virarem réus da Lava Jato
Presidente disse que o governo não quer e não vai blindar ninguém.
Publicado em 13/02/2017 às 12:28
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta segunda-feira (13) que os ministros que se tornarem réus na Operação Lava Jato serão afastados do cargo. Caso sejam apenas denunciados, desde que por meio de um conjunto de provas que possam ser acolhidas, eles serão afastados provisoriamente. O anúncio foi feito através de um pronunciamento, ao vivo, no Palácio do Planalto, em respostas às críticas de por ter concedido foro privilegiado a Moreira Franco ao nomeá-lo para Secretaria-Geral da Presidência.
“Se houver denúncia, o que significa um conjunto de provas que eventualmente possam conduzir ao seu acolhimento, o ministro que estiver denunciado na Lava Jato será afastado provisoriamente. Depois, se acolhida a denúncia, e aí sim, o ministro se transformar em réu da Lava Jato, o afastamento é definitivo”, disse Temer, completando que “se alguém se converter em réu estará afastado independentemente do julgamento final”.
Ainda segundo o presidente, a declaração é um aceno de que o governo não quer e não vai blindar ninguém. “Apenas não pode aceitar que a simples menção inauguradora de um inquérito, para depois inaugurar uma denúncia, para depois inaugurar um processo, já seja de igual motivo a incriminá-lo em definitivo e em consequência afastar o eventual ministro”, reiterou.
Michel Temer informou ainda que a Casa Civil está finalizando um projeto de lei que vai regulamentar o direito à greve no caso de serviços considerados essenciais. Segundo o presidente, essa regulamentação nada tem a ver com o caso da paralisação de policiais no Espírito Santo, uma vez que, nesse caso, já há uma lei proibindo greves de policiais.
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