CULTURA
Focando filmes 'perdidos'
4ª Edição do projeto 'Noite de Estreia' traz a partir desta sexta-feira (14) até o dia 20, seleção de filmes inéditos nos cinemas paraibanos.
Publicado em 14/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 13:16
Pela segunda vez esse ano, o projeto Noite de Estreia volta a exibir filmes inéditos que não entraram em cartaz no circuito paraibano, a partir desta sexta-feira até o dia 20.
Para esta 4ª edição foi programada a exibição de sete longas-metragens que vão se alternar na semana em dois horários no Box Cinépolis (Manaíra Shopping), em João Pessoa. Os ingressos terão o valor promocional de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia).
Hoje, às 19h, haverá exibição do único nacional da mostra, Eles Voltam, do cineasta Marcelo Lordello, que estará presente na sessão inaugural.
O outro filme exibido nesta sexta-feira é Hitchcock (EUA, 2012), recorte biográfico do ‘Mestre do Suspense’, encarnado por sir Anthony Hopkins.
A produção dirigida por Sacha Gervasi (um dos roteiristas de O Terminal) mostra os bastidores do clássico do realizador inglês: Psicose (1960).
Na época, apesar de estar no auge de sua carreira com o sucesso de Intriga Internacional, Alfred Hitchcock teve vários obstáculos para realizar sua obra-prima, principalmente por parte dos estúdios, obrigando o realizador hipotecar sua casa.
O ‘fino’ humor (negro) inglês do rechonchudo diretor, a escalação do elenco (que conta com a bela Scarlett Johansson como Janet Leigh e James d'Arcy como Anthony Perkins), as dificuldades em driblar a censura pelas cenas de violência e nudez, o jogo de marketing arquitetado por Hitchcock para garantir público, entre outras curiosidades correm em paralelo das constantes brigas do cineasta com a esposa Alma (Helen Mirren).
AMERICA, EUROPA E ÁSIA
Ignorado pelo Oscar na categoria principal e pelos cinemas paraibanos, O Mestre (The Master, EUA, 2012) finalmente entra em cartaz através da mostra.
O filme de Paul Thomas Anderson (Sangue Negro) mostra o marinheiro Freddie Quell (Joaquin Phoenix, indicado ao Oscar por esse papel) tenta reconstruir sua vida após o término da Segunda Guerra Mundial.
Ele sofre com ataques de ansiedade e violência, não conseguindo controlar os impulsos sexuais ou parar em um emprego por muito tempo. Um dia, Quell conhece Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman, indicado pela Academia como coadjuvante), uma figura carismática e líder d’A Causa, uma organização religiosa centrada na ideia de vidas passadas, cura espiritual e controle de si mesmo.
O novo membro se torna cada vez mais dependente do estilo de vida e das ideias do ‘mestre’, a ponto de não conseguir mais se dissociar do grupo.
Adaptação do romance homônimo do russo Tolstoï, Anna Karenina (Reino Unido, 2012), dirigido por Joe Wright, transporta para a Era Vitoriana, onde a protagonista que dá nome ao filme (Keira Knightley, que já trabalhou com o diretor em Desejo e Reparação) é casada com um rico funcionário do governo (Jude Law). Ela conhece e se apaixona por um conde (Aaron Taylor-Johnson, de Kick Ass), mas o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver seu filho.
No lado europeu da mostra, o consagrado diretor Alain Resnais – veterano de 91 anos que dirigiu clássicos como Hiroshima, Meu Amor (1959) – mostra que está na ativa com Vocês Ainda Não Viram Nada! (Vous n'avez encore rien vu, França, 2011).
Um dramaturgo morre e determina, como último desejo, que uma trupe de amigos atores avalie uma nova montagem de sua peça Eurydice por um jovem grupo, onde tomam liberdade em relação a cenários, figurinos e a encenação.
O ‘bullying’ permeia Depois de Lúcia (Después de Lucía, México, França, 2012), do mexicano Michel Franco, vencedor da mostra Um Certo Olhar, no último Festival de Cannes.
O filme retrata a degeneração moral e ética dos novos colegas de classe de uma jovem tímida (Tessa Ia). Ela deixou a cidade de Puerto Vallarta rumo à capital mexicana com seu pai (Hernán Mendoza Gonzálo), um chef de cozinha, em consequência da morte de sua mãe (a Lúcia do título), causada por um acidente automobilístico.
Por fim, o representante asiático é A Visitante Francesa (Da-Reun Na-Ra-e-Suh, Coreia do Sul, 2012), de Hong Sang-soo (Hahaha), onde uma estudante de cinema escreve três histórias diferentes, todas vividas por uma francesa chamada Anne (Isabelle Huppert, de A Professora de Piano), que chega a uma praia da costa sul-coreana e se envolve com os nativos locais.
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