Grávida é morta a tiros no Cariri

Uma briga motivada por ciúmes teria desencadeado o assassinato de Maíra Carla de Melo Oliveira, de 20 anos, na noite da última segunda-feira, na zona rural de São Sebastião do Umbuzeiro, região do Cariri paraibano.

Ela estava no sétimo mês de gravidez e o principal acusado é o marido da vítima, o agricultor Divaldo Pereira Brito, de 30 anos, mais conhecido por “Neguinho do Caruá”. Ele foi preso em flagrante acusado de desferir o tiro de espingarda. Este foi o primeiro caso de assassinato de mulher registrado em 2012 no Estado.

Logo após o disparo, o acusado ainda tentou salvar a esposa e pediu ajuda aos vizinhos. Maíra foi levada ao Hospital Regional Santa Filomena, em Monteiro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento. Os médicos ainda tentaram fazer o parto, mas não conseguiram salvar o bebê. A criança era o primeiro filho do casal.

De acordo com a Polícia Civil, o acusado entrou em contradição durante o depoimento e apresentou duas versões para a morte da esposa. Primeiro, ele afirmou que estaria saindo de casa quando escutou um disparo e voltou para ver o que tinha acontecido, quando viu a mulher ao chão e tentou socorrê-la.

Em seguida, o Divaldo mostrou outra versão dizendo que na realidade a esposa teria pego a espingarda para matá-lo e ele teria tentado se defender quando a arma disparou atingindo a vítima próximo ao peito. Mas, segundo os vizinhos, o casal tinha briga constantes, já que Divaldo era bastante ciumento. De acordo com a Polícia Civil, o acusado já havia cumprido pena preventiva por tentativa de homicídio na cidade de Camalaú, também no Cariri.

O delegado Gilson Duarte, descarta a hipótese de suicídio e afirma que as provas coletadas no local indicam a autoria do crime. “De acordo com o cenário do crime, a disposição do corpo e as marcas de violência, são evidências que levam a crer que o acusado matou a esposa e ela tentou se defender, mas não houve chances”, explicou.

Divaldo Pereira foi autuado em flagrante e vai aguardar a decisão judicial na cadeia pública da cidade de Monteiro.