VIDA URBANA
Família de Ellen deve sair do Alto do Mateus
Familiares da menina Fernanda Ellen pretendem se mudar do bairro onde moravam com a filha; suspeito de ter matado a menina morava em casa vizinha.
Publicado em 13/04/2013 às 6:00
Quase uma semana após a prisão do acusado de matar e enterrar o corpo de Fernanda Ellen, 11 anos, a família da vítima planeja se mudar do bairro Alto do Mateus, em João Pessoa.
Segundo parentes da estudante, que moram nas proximidades da casa da adolescente, voltar à rotina tem sido difícil, tendo em vista a proximidade do local onde a garota foi assassinada. Fernanda Ellen era vizinha do acusado, Jefferson Luís Oliveira Soares.
Por telefone, o pai de Fernanda Ellen, Fábio Oliveira Cabral, que está fora da Paraíba com a esposa e o filho, informou que viver na região onde a filha foi morta se tornou impossível. “Não temos condições de viver lá. Ainda vamos parar e pensar para onde vamos, mas queremos muito nos mudar. Não temos como ficar, é muito difícil para a gente ficar ali lembrando de tudo”, desabafou.
As lembranças ainda machucam todos da região onde ocorreu o crime. Na rua de terra batida, a residência da tia de Fernanda Ellen, Sandra da Silva, fica entre a casa da vítima e a de Jefferson Soares. Para ela, dividir parede com o acusado pela morte da sobrinha é difícil de aceitar. “Estamos tentando voltar a nossa vida, mas é muito difícil. Estamos ainda sem saber o que fazer, meio perdidos com tudo. Dói bastante saber que tudo aconteceu do nosso lado”, disse Sandra.
Dona de um fiteiro próximo à escola onde Fernanda Ellen estudava, Severina Alves, 56 anos, disse que não é fácil aceitar a morte da garota.
“Todo mundo acreditava que ela estava viva. No dia que ela desapareceu, quando estava indo para a escola, ela passou pelo meu fiteiro e acenou para mim. É triste saber que aquilo foi uma despedida. Para a gente essa história parece um filme de terror, o assassino dela lanchava em meu fiteiro quase toda noite. Ele era sempre calado e de cabeça baixa, mas a gente não imaginava que fosse capaz disso”, lembrou a comerciante.
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