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VIDA URBANA

Hospitais de CG limitam serviço de hemodiálise

Sindicato dos Hospitais da Paraíba denunciou que hospitais não estão recebendo repasse financeiro da Secretaria Municipal de Saúde.

Publicado em 02/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:20

Os hospitais de Campina Grande que realizam hemodiálise não estão recebendo novos pacientes para o serviço desde ontem. A limitação no atendimento foi divulgada pelo Sindicato dos Hospitais da Paraíba – Regional Campina Grande, através do presidente, médico José Targino.

Segundo ele, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande (SMS) não está repassando os recursos referentes ao pagamento dos atendimentos excedentes prestados pela instituição. A dívida tem pelo menos 2 anos e passa de R$ 1,5 milhão.

As unidades hospitalares que realizam o atendimento de hemodiálise através do Sistema Único de Saúde (SUS) em Campina Grande são o Hospital Antônio Targino, o Hospital João XXIII e a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), além do Hospital Doutor Edgley Maciel, recentemente municipalizado, e que não será atingido pela limitação.

O saxofonista Antônio Júnior de Araújo, 31 anos, vítima de insuficiência renal crônica, realiza hemodiálise no Hospital Antônio Targino há 7 anos e falou sobre a importância do tratamento. “Venho de Caturité três vezes por semana, passo quatro horas em sessão. Este tratamento é fundamental para os pacientes renais. É importante que os hospitais possam receber novos pacientes”, defendeu.

De acordo com o médico José Targino, que também é diretor do Hospital Antônio Targino, cada uma das três primeiras instituições citadas tem recursos atrasados para receber da gestão municipal provenientes do Ministério da Saúde (MS).

“Cada hospital teria para receber uma média de R$ 200 mil que não foram pagos em 2012 e que estão praticamente perdidos e de 2013, a dívida gira em torno de R$ 360 a 400 mil em cada hospital. Nós só fazemos a hemodiálise quando recebemos a autorização da Secretaria de Saúde. Nós temos hoje aqui no Targino uma média de 150 pacientes, o que equivale a R$ 360 mil, mas no fim do mês a secretaria só está pagando cerca de R$ 310 mil, todo mês fica um resquício de R$ 30 ou R$ 40 mil que não recebemos”, detalhou.

O presidente do sindicato informou ainda que um ofício foi encaminhado ao Ministério Público (MP), solicitando uma reunião com os representes dos hospitais e da SMS, além do próprio MP, para discutir detalhes sobre o atendimento.

“Fizemos um ofício para o MP sobre a nossa preocupação de como iria funcionar o atendimento. Vale salientar que a secretária Lúcia Derks tem tido um empenho muito grande, mas os recursos que o Ministério da Saúde manda para Campina por mês não são suficientes, cerca de R$ 1,5 milhão.

Ela já foi a Brasília, já mostrou que era insuficiente, mas a patologia está aumentando cada vez mais e o recurso que está vindo é insuficiente”, salientou.

O diretor da FAP, Helder Macedo, informou, através de sua secretária, que não se pronunciaria sobre o assunto até reunir mais informações sobre a situação do hospital, já que está recentemente à frente da diretoria.

O responsável pelo serviço de hemodiálise do Hospital João XIII, Luís Almeida, disse que o serviço de hemodiálise no local também será limitado por falta de verba. “Atualmente, atendemos 178 pacientes renais, mas não podemos atender nenhum novo, a não ser que ele vá à Secretaria de Saúde e consiga uma autorização”, explicou.

SECRETARIA DIZ QUE MS NÃO AUTORIZA

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou que existe um teto financeiro para os serviços de nefrologia e cada hospital está autorizado a atender o número de pacientes dentro do seu limite.

Ainda conforme a divulgação, como os hospitais vinham atendendo além desse limite, desde 2012 que a SMS não estava pagando esse excedente porque o Ministério da Saúde (MS) não autoriza tal pagamento.

Para resolver essa questão, primeiro a SMS tomou a decisão de não mais encaminhar pacientes além do limite de cada hospital. Em função dessa decisão, após completar o limite de atendimento, os pacientes da hemodiálise serão encaminhados ao Hospital Dr. Edgley.

Com relação à dívida com os hospitais, a SMS informou que já está buscando formas de autorizar o pagamento com o Ministério da Saúde.

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Jornal da Paraíba

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