COTIDIANO
Mulher assassinada e encontrada dentro de mala no Rio é paraibana
Crime chocou o Brasil. Íris Bezerra é natural de Fagundes, distrito de Campina Grande, e foi morta a facadas. Ex-marido da jovem, com quem teve um filho, é o principal suspeito.
Publicado em 09/05/2010 às 15:08
Phelipe Caldas
Com informações do G1
A mulher morta a facadas no Rio de Janeiro e encontrada na madrugada deste sábado (8) dentro de uma mala de viagem, boiando num canal no bairro do Leblon, é paraibana. O crime chocou o país e foi notícia nos principais jornais nacionais. A operadora de caixa Íris Bezerra de Freitas, de 21 anos, é natural de Fagundes e morava no Rio há alguns anos. Seu ex-marido, Rafael da Silva Lima (com quem tinha uma filha pequena), está foragido na condição de principal suspeito de ter cometido o homicídio.
No início da tarde deste domingo (9), a reportagem do Paraíba1 localizou e conversou com João Bezerra, tio da jovem morta. Ele disse que Íris morava no Rio quando conheceu Rafael, e este chegou a visitar o Estado dois anos e meio atrás. “Na ocasião ele conversou com minha irmã, mãe de Íris, e avisou que iria casar com a namorada. Foi a única vez que ele veio por aqui”, conta.
Íris e Rafael (na foto ao lado) foram casados e tiveram uma filha, mas nos últimos meses eles estavam separados. No final de 2009, inclusive, Íris veio à Paraíba visitar a família já sem o ex-marido, mas após os feriados de fim de ano ela voltou ao Rio, onde morava na favela da Rocinha.
Segundo a polícia, Íris foi morta de madrugada e o corpo foi encontrado por catadores de lixo de manhã, abandonado dentro de uma bolsa num canal da rua Visconde de Albuquerque, no Leblon, Zona Sul do Rio.
O delegado Celso Gustavo Castelo Ribeiro, da Divisão de Homicídios (DH) da capital fluminense, é quem está com o caso. Ele vai pedir a prisão temporária de Rafael, que teria matado Íris durante uma briga dos dois, possivelmente motivada pelo fim do casamento.
Segundo Ribeiro, o ex-marido vai responder por homicídio duplamente qualificado, com agravante por ter tentado ocultar o cadáver, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão.
A mãe de Íris, Maria da Guia Bezerra, soube do crime ainda no sábado, depois que recebeu um telefonema da vizinha da filha na Rocinha. Esta mulher, inclusive, se apresentou à polícia como testemunha. Ela viu quando Rafael e Íris entraram na casa dela, e depois quando o rapaz saiu sozinho da casa e carregando uma bolsa parecida com a encontrada no canal.
Maria da Guia já está no Rio de Janeiro e lá tenta a liberação do corpo da filha para a Paraíba. O corpo foi reconhecido por amigos da vítima, no Instituto Médico Legal (IML) do Rio. O cadáver estava com várias marcas de agressão e cortes.
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