POLÍTICA
Total de empréstimos do governo da PB chega próximo a R$ 1 bilhão
Segundo levantamento da Comissão de Constituição e Justiça da AL, desde o ano passado, a Paraíba já está comprometendo sua capacidade de endividamento em torno de R$ 1 bilhão.
Publicado em 12/05/2010 às 10:05
Carol Queiroz
Do Jornal da Paraíba
O Governo do Estado enviou na última quinta-feira (6) à Assembleia Legislativa a solicitação para contrair mais um empréstimo junto ao BNDES, através da Secretaria de Planejamento e Gestão, no valor de pouco mais de R$ 287 milhões. Segundo levantamento da Comissão de Constituição e Justiça da AL, desde o ano passado, a Paraíba já está comprometendo sua capacidade de endividamento em torno de R$ 1 bilhão.
O novo empréstimo de R$ 287 milhões está sendo oferecido pelo governo federal, como forma de compensação para as perdas que o Estado acumulou com a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Estados e é destinado a obras de infraestrutura, segurança, saúde e educação.
Já foram contraídos também empréstimos de quase R$ 300 milhões junto à Comissão Andina de Fomento (CAF) para estradas; mais quase R$ 200 milhões do BNDES no ano passado, além operações de crédito de quase R$ 200 milhões para investimentos no Projeto Cooperar e junto à Caixa Econômica Federal.
O deputado Ricardo Barbosa (PSB) também usou o mesmo tom de crítica. Para o novo líder da oposição na Assembleia Legislativa, é preciso fazer uma “profunda reflexão” acerca do novo pedido de empréstimo, encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia.
Pelas contas do parlamentar, o atual governo está contraindo empréstimos na ordem de cerca de R$ 2 milhões por dia. Barbosa entende que o governo está extrapolando na capacidade de endividamento do Estado, aproveitando o saneamento econômico deixado pelo ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB).
“Como diria o presidente Lula, nunca na história deste Estado se contraiu tantos empréstimos. Este é o Estado da propaganda enganosa. São cerca de R$ 800 milhões de reais e empréstimos contraídos em 448 dias de governo. Esta é a maior cifra, proporcionalmente, em operações financeiras entre todos os Estados brasileiros. Um verdadeiro absurdo”, declarou.
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