VIDA URBANA
Água para manter a hidratação do corpo
As crianças são mais vulneráveis aos efeitos da desidratação do que os adultos.
Publicado em 15/01/2012 às 8:00
As crianças são mais vulneráveis aos efeitos da desidratação do que os adultos. Não sabem expressar que estão com sede e se estão entretidas em alguma atividade, nem se dão conta de que estão sedentas. Por isso, é importante oferecer água, regularmente para elas. Mas, quanto precisam beber para se manter hidratadas?.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação durante os seis primeiros meses de vida do bebê. Nesta fase, oferecer exclusivamente o leite materno. Ou seja, o bebê não necessita de água ou sucos, porque obtém a quantidade necessária de líquidos com a água que lhe aporta o leite materno.
A partir dos seis meses as necessidades de hidratação infantil aumentam progressivamente. Se não receber a quantidade suficiente de líquidos um bebê ou criança corre o risco de se desidratar.
Falta de produção de lágrimas, a pele, boca e língua ressecadas, os olhos fundos, a epiderme acinzentada, menos urina nas crianças pequenas... Esses são alguns sintomas da desidratação em crianças, que pode colocar em risco a vida delas e necessita de cuidados médicos para evitar danos ou seqüelas irreparáveis. São situações extremas, mas que podem acontecer.
Ainda que o risco de desidratação aumente com o calor – época em que é preciso ter extremo cuidado com a reposição de líquidos - é preciso tomar precauções para manter as crianças hidratadas o ano todo, já que devido à intensa atividade física podem transpirar em abundância.
Para evitar chegar a situações extremas as crianças maiores devem ser ajudadas a se refrescar e a recuperar o líquido perdido para que permaneçam hidratadas sempre.
As crianças apresentam um sistema imunológico menos formado e por isso estão mais expostas às doenças. Uma das afecções mais frequentes é a diarréia que, em muitos casos, está associada à perda de líquidos e aumento do risco de desidratação.
Por estar em fase de crescimento e ter um maior desgaste físico, ao brincar, praticar esportes, estudar, as crianças e adolescentes gastam mais líquidos e precisam repor essa perda. São eles que apresentam um risco maior de se desidratar do que os adultos, já que ainda não percebem a sensação de sede de forma muito exata...
Calcula-se que as bebidas aportam cerca de 80% da necessidade diária de ingestão de líquidos. O restante provém dos alimentos. Este percentual foi calculado por especialistas, levando em conta a temperatura ambiente e a prática de atividade física moderada.
Até os seis meses de vida, os bebês necessitam beber de 100 a 190 ml diários de água, por quilo. Aqueles que são amamentados conseguem essa quantidade do próprio leite materno. Entre os seis meses e 1 ano de vida, devem beber de 800 a 1.000 ml. por dia; entre 1 e 2 anos de 1.100 a 1.200 ml/dia; dos 2 aos 3 anos, 1.300 ml/dia, e dos 4 aos 8 anos de idade, 1.600 ml./dia.
Entre os nove e os treze anos, as meninas necessitam beber 1.900 ml/dia e os meninos 2.100 ml/dia. Aos 14 anos, as meninas devem ingerir 2 litros diários e os garotos 2 e ½ litros,/dia.
De uma maneira geral, para que o nosso corpo funcione corretamente, a quantidade de líquido necessária tem que ser a mesma que eliminamos através do suor, urina, transpiração, etc...
Por isso é recomendado que se beba ao redor de 2 litros de água/dia. Mas, quando faz calor, se pratica uma atividade física mais intensa, se sua em excesso ou se tem vômitos e diarréia, é preciso beber mais líquidos.
Os dois litros diários de líquido que é recomendado, habitualmente se consegue através dos alimentos e das bebidas. Cerca de meio litro se obtém de alimentos ricos em água como frutas e verduras. Outro litro e meio podem ser repostos através da ingestão de 6 a 8 copos de líquidos – água, refrescos, sucos e infusões. A variedade torna mais fácil beber a quantidade suficiente e assim manter a hidratação corporal.
A água deve ser a bebida preferida para as crianças. Elas devem ser acostumadas a tomá-la desde pequenas. Pois, por não ter cor e nem sabor, é obvio que vão preferir sucos e refrescos açucarados. Que devem ser evitados porque favorecem as cáries e a obesidade.
Os sucos naturais, diluídos em água, são uma opção. Assim, os sabores vão variar, de acordo com a fruta escolhida. Outra opção para que as crianças tomem mais líquidos, são as sopas, que podem ser oferecidas frias nos meses de verão.
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