Diário Oficial traz edital com 459 vagas na Saúde

O governo do Estado traz na edição de hoje do Diário Oficial o edital do concurso público para contratação de 459 médicos especialistas que devem cobrir as vagas deixadas no ano passado pelas cooperativas médicas. A empresa contratada para organizar, planejar e realizar o certame foi o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), que ganhou a licitação.

As provas serão realizadas no dia 13 de abril e o salário oferecido é de R$ 4.247,71 para plantão de 24 horas semanais. As inscrições, que começam no próximo dia 11, vão até o final do mês e a taxa custa R$ 70,00.

O JORNAL DA PARAÍBA divulgou com exclusividade, ainda no dia 22 de fevereiro, o número de vagas a serem preenchidas no concurso, conforme adiantou o secretário de Estado da Saúde, Waldson de Souza. As vagas serão destinadas a especialidades médicas contratadas anteriormente por cooperativas, dentre as quais anestesiologia, cirurgia pediátrica, neurocirurgia, ortopedia, cirurgia vascular e toráxica e neurocirurgia pediátrica.

O concurso foi anunciado pelo secretário no ano passado, atendendo à proibição do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de contratar cooperativas médicas. A expectativa de Waldson é que o concurso seja homologado até o mês de maio, se tudo correr conforme o planejamento. O calendário eleitoral estabelece que o prazo para a nomeação de candidatos aprovados em concursos públicos este ano encerra no dia 5 de julho.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Tarcísio Campos, o salário oferecido pelo governo do Estado é baixo e está aquém de outros Estados da região, como Pernambuco e Piauí. Para ele, o salário não é atrativo e corresponde a metade do que se paga no Piauí. Por isso ele acredita que o Estado não vai preencher as vagas que serão ofertadas. Por outro lado, o presidente do sindicato entende que a contratação por meio de concurso representa a melhoria da situação da categoria médica na Paraíba, com a valorização do profissional por meio de vínculo empregatício, diante da atual situação, de contratos precarizados ou através do CPF, os chamados 'codificados'.

Mesmo após a publicação do edital, segundo adiantou o presidente Tarcísio Campos, o sindicato vai continuar reivindicando a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria.