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VIDA URBANA

Botijão vaza e deixa nove pessoas feridas

Vazamento de gás em um carrinho de lanches deixa vendedor e oito estudantes feridos no centro da capital.

Publicado em 02/12/2011 às 6:30


Oito estudantes e um comerciante ficaram feridos ontem durante um incidente que ocorreu, por volta das 9h, em frente ao colégio Marista Pio X, na praça da Independência, em João Pessoa.

Segundo testemunhas, o problema começou quando um barraqueiro que vende lanches no local tentou acender um pequeno fogão a gás. Houve um vazamento de gás do botijão e princípio de incêndio. As vítimas sofreram queimaduras causadas por óleo quente.

Os feridos foram socorridos por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os oito estudantes, com idades entre 14 e 18 anos, foram levados para o Hospital de Trauma e não tiveram os nomes revelados pela unidade de saúde. Já o barraqueiro, Severino Manoel de Souza, 42 anos, passou mal e foi encaminhado para o Hospital São Vicente de Paulo, em Jaguaribe. Os estudantes passaram por exames e permaneciam internados, em estado regular, com queimaduras de 1º e 2º graus, até o fechamento desta edição. Segundo informações da técnica de enfermagem do setor de emergência do São Vicente de Paulo, Patrícia Ramos, o comerciante foi examinado e recebeu alta no início da tarde de ontem.

Os alunos pertencem à Escola Menino de Jesus, que funciona ao lado do local do incidente. Os diretores do colégio também foram ao hospital prestar assistência aos alunos e não quiseram comentar o assunto.

Além de Severino, outros cinco ambulantes vendem lanches na praça da Independência. Eles disseram, que mesmo ferido, o barraqueiro ajudou a socorrer os estudantes. Ainda segundo os ambulantes, meia hora após o ocorrido, equipes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) chegaram ao lugar com a intenção de apreender as mercadorias dos comerciantes. Houve princípio de tumulto.

“Eles agiram com ignorância, não apresentaram documentos e foram logo dizendo que a gente não pode ficar aqui e que iriam apreender nossas coisas”, disse o vendedor Ednaldo de Pereira Lima, que trabalha na área há 26 anos.

Alguns pais de alunos que estavam presentes durante a confusão disseram que houve truculência na abordagem dos agentes da Sedurb. “Somos contrários à retirada desses comerciantes, porque são pais de família e precisam trabalhar para sobreviver”, declarou o autônomo Raimundo Nonato, pai de dois alunos.

“Trabalhamos aqui há muitos anos e essa foi a primeira vez que ocorreu um problema desse. Não é justo prejudicar todos nós”, disse o vendedor ambulante Wanderlei Araújo.

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Jornal da Paraíba

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