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VIDA URBANA

Seminário discute em JP direito das gestantes ao parto normal

Para a coordenadora da Seção de Saúde da Mulher, a redução da morbi-mortalidade materna e infantil está diretamente ligada a um pré-natal de qualidade.

Publicado em 07/12/2010 às 15:32

Da Secom-JP

Com o objetivo de promover o parto normal como direito fundamental à gestante, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, promove nesta quinta e sexta-feira (10) o primeiro Seminário para novos Modelos obstétricos em João Pessoa. A solenidade de abertura acontece no auditório do hotel Caiçara, a partir das 19h, com o lançamento do movimento “João Pessoa em defesa do parto normal” com as presenças do prefeito Luciano Agra e a secretária de Saúde Roseana Meira. As oficinas têm início já a partir das 14h, no próprio hotel.

O seminário vai reunir gestores, especialistas, profissionais de saúde, acadêmicos, representantes do movimento de mulheres e sociedade civil. Os participantes deverão reafirmar o compromisso de promover o parto normal como Direito Fundamental e firmar compromisso de atingir as metas estabelecidas pelo Pacto Nacional de Redução da Mortalidade Materna e Infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a coordenadora da Seção de Saúde da Mulher da SMS, Rosana de Lucena, a redução da morbi-mortalidade materna e infantil está diretamente ligada a um pré-natal de qualidade. “Esse tratamento precisa estar focado na atenção integral e no fortalecimento das mulheres para demandarem direitos e partilharem decisões relativas ao parto junto aos profissionais de saúde das maternidades” afirmou.

As ações para redução da mortalidade materna desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Saúde pode-se destacar a reorganização do pré-natal; ampliação da captação precoce das gestantes; qualificação dos profissionais na assistência pré-natal de baixo e alto risco; implantação do acolhimento com classificação de risco no Instituto Cândida Vargas (ICV), estabelecendo a vaga zero nas maternidades através da regulação de leitos obstétricos; implantação de UTI materna no ICV; além da UTI Neonatal, ofertando atenção integral à puérpera e ao recém nascido.

Para Rosana de Lucena, a atenção obstétrica precisa ampliar a oferta de recursos. “Em relação a procedimentos como alívio da dor e do partograma, extinguir ou reduzir drasticamente procedimentos como a episiotomia, o uso de ocitocina, internação precoce da parturiente, entre outras”. Para Rosana, estas práticas interferem na evolução adequada do trabalho de parto e parto, ocasionando o alto índice de cesáreas desnecessárias, problemas que persistem no cotidiano dos serviços e desafiam a gestão de saúde na oferta de cuidado qualificado e humanizado ao parto e nascimento.

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Jornal da Paraíba

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