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CULTURA

A FBN voltou atrás

FBN volta atrás e decide não mais conceder o Prêmio de Poesia Alphonsus Guimaraens à obra de Carlos Drummond de Andrade.

Publicado em 15/01/2013 às 6:00


A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) recuou, na última sexta-feira, da decisão de conferir à obra Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62 (Cosac Naify), organizada por Júlio Castañon Guimarães, o Prêmio de Poesia Alphonsus Guimaraens, que contempla obras publicadas no período de setembro de 2011 a agosto de 2012.

O resultado do prêmio, divulgado no dia 21 de dezembro, foi questionado por recursos enviados para a comissão do edital por não observar vários itens do regulamento, entre os quais, a determinação de que a inscrição fosse feita pelo próprio autor, ou mediante a autorização deste, e a que previa o ineditismo da obra.

A FBN acolheu os recursos, de autoria da União Brasileira de Escritores, do Coletivo Quatati e dos poetas Marcus Fabiano e Renata Suttana e reconheceu o equívoco, homologando apenas os vencedores dos demais prêmios literários da Biblioteca Nacional: o Prêmio Machado de Assis, de Romance; Clarice Lispector, de conto; Sérgio Buarque de Holanda, de ensaio; Paulo Rónai, de tradução; Aloísio Magalhães, de projeto gráfico; Sylvia Orthof, de literatura infantil e Glória Pondé, de literatura juvenil.

De acordo com a ata de julgamento dos recursos, assinada pela comissão formada por Rita de Cássia Linhares chaves, Tuchaua Pereira Rodrigues e Walquíria Raizer Oliveira, a obra vencedora do prêmio será indicada em data ainda a ser definida pela FBN.

Na internet, uma petição online pela anulação do Prêmio Alphonsus Guimaraens conseguiu reunir mais de 250 assinaturas que requeriam a realização de um novo concurso e alegava "constrangimento da comunidade literária e leitora do país vindo abalar a confiança depositada em suas instituições de Cultura".

Nomes de peso intelectual assinaram a petição, como o crítico literário Luiz Costa Lima, que acenou como "única explicação para um erro tão primário" o fato de não ter havido "tempo bastante para os jurados examinarem os candidatos". "Assim sucede pela baixa consideração de nossas 'instituições culturais' pela atividade intelectual'", arremata Luiz Costa Lima.

REPERCUSSÃO NA PB
Alguns escritores em atividade na Paraíba também assinaram a petição, como W. J. Solha, Maria Valéria Rezende, Joedson Adriano, Linaldo Guedes e André Ricardo Aguiar.

Solha, que declarou que concorre ao prêmio com Marco do Mundo (Editora Ideia), afirmou que o recuo da FBN foi uma atitude "que teria que acontecer" e julgou um "absurdo" a decisão anterior: "Laurear a obra de Drummond, num concurso em que a proposta era a escolha do melhor livro de poesia - até então inédita - lançado em 2012, foi um escândalo", diz o escritor. "Não há como a FBN justificar a má fé da comissão julgadora e da editora Cosac & Naify. Só não me entra na cabeça como essas pessoas pensavam que isso poderia ficar por isso mesmo, tão afrontosa e explícita a desonestidade".

Autor de um artigo que denunciava a transgressão do edital, enviado através de e-mail para colegas escritores e jornalistas de todo o país, Solha foi um dos internautas que encabeçaram o movimento de contestação ao resultado, que fomentou a petição online e o envio de alguns dos recursos, como o que partiu do Coletivo Quatati, grupo que, em seu blog, define-se como um grupo que, "através da literatura, imagina por às escâncaras os tortos e os ridículos deste mundinho destrambelhado".

Segundo Solha, a manutenção da comissão de avaliação formada pelos poetas Carlito Azevedo, Francisco Orban e Leila Míccolis, como previsto na ata de julgamento da FBN, é um retrocesso: "Quando a Fundação inocenta a trinca de intelectuais e entrega a ela a nova decisão sobre que livro deve ser distinguido, fica-me, novamente, a pergunta: o que tais pessoas ainda não poderão tramar com a impunidade?", questiona ele.

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Jornal da Paraíba

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