ECONOMIA
Redução de juros pode gerar mais empregos
Redução da Selic, pode fortalecer empresas, gerando postos de trabalho e movimentando o mercado consumidor.
Publicado em 09/03/2012 às 6:30
A redução da taxa básica de juros (Selic), definida na última quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) não deverá ser sentida pelo consumidor na hora de realizar financiamentos bancários, mas, conforme avaliaram economistas, poderá auxiliar na geração de empregos na Paraíba. Com a diminuição de 0,75 ponto percentual, a taxa caiu para 9,75% ao ano, voltando a atingir um dígito, após quase dois anos em patamares acima de 10%.
O economista Rafael Bernardino acredita que deverá haver aumento de consumo à medida que as indústrias se fortalecerem e aumentarem a quantidade de postos de empregos. “Na medida que aumenta os investimentos produtivos, aumentará a geração de novos empregos e mais pessoas trabalhando significa mais pessoas com maior capacidade de consumo”, opinou.
Segundo Bernardino, mesmo com uma redução abaixo de 1 ponto percentual, a queda na Taxa Selic poderá ter bons reflexos no setor produtivo. A melhoria no setor deverá vir da redução na taxa de remuneração de aplicações financeiras, que acompanham a variação da Selic. “O efeito da redução da Selic será importante para a economia brasileira porque havendo redução na taxa de remuneração de aplicações financeiras, os investidores tenderão a redirecionar os seus recursos para investimentos produtivos e isso pode proporcionar a criação de novos empregos, inclusive na Paraíba”, comentou Bernardino.
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), Francisco (Buega) Gadelha, acredita que a medida da redução da Selic trará bons resultados, principalmente, para o setor industrial, aumentando a competitividade. “Quando você baixa a Selic, existem vários aspectos positivos. Primeiro, com esta redução, o governo reduz a dívida interna. Além disto, faz com que os bancos comecem a ter mais interesse por emprestar seus recursos ao setor privado e não ao governo, que terá juros mais baixos”, comentou.
A redução, entretanto, para o economista Cláudio Rocha não chega a incentivar a procura da população por crédito. “Observe que esta redução de 0,75 ponto percentual é anual. O valor diluído em 12 meses é quase insignificante e não chega a ser um estímulo”.
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